Placa de trânsito com marcas de tiro.| Foto: ATILA ALBERTI/Tribuna do Parana

A grande quantidade de placas de trânsito danificadas se transformou em um grande rombo nos cofres públicos. Seja por causa daquelas que foram desgastadas pelo tempo ou danificadas em acidentes e em atos de vandalismo, o gasto anual com manutenção e confecção da sinalização é de cerca de R$ 2,5 milhões, segundo dados da prefeitura de Curitiba.

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- Fotos - Veja a situação das placas da capital

Cada uma dessas placas custa, em média, R$ 250 para ser produzida, segundo dados da Superintendência Municipal de Trânsito (Setran) — um valor consideravelmente alto e que se torna ainda maior por causa da alta demanda por substituições. “Ao longo do ano, produzimos em nossa fábrica cerca de 10 mil placas, e isso representa uma pequena porcentagem da quantidade que temos em Curitiba”, explica a diretora de engenharia do órgão, Gisele de Oliveira.

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De acordo com ela, uma das principais dificuldades está exatamente na falta de efetivo para fiscalizar a condição de cada uma das placas da cidade. Além disso, no caso de depredação, há também o desafio de identificar os responsáveis. “Quando a Setran consegue identificar o responsável, essa pessoa é acionada via justiça para ressarcir danos ao município. O problema é que dificilmente conseguimos achar o autor dos danos, ou até mesmo ficar sabendo que o dano foi causado”, aponta. Segundo ela, normalmente a denúncia parte dos próprios moradores que vivem na região e que ligam para a Central 156 e informam da ocorrência e informam quem bateu contra a sinalização.

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“Atualmente nós priorizamos a substituição de placas que indicam parada obrigatória, já que essa é uma placa de extrema importância”, diz a diretora.

Situação precária

Para comprovar a situação, a reportagem da Tribuna do Paraná circulou por diversos bairros da cidade e até mesmo na Rua Benedito Carollo, na Cidade Industrial, onde fica a fábrica de placas da Setran, há uma placa que indica o nome da rua, amarrada em um sinal de “Pare”. De acordo com a prefeitura, a identificação das ruas é de responsabilidade da Urbs, que disse apenas que “a quantidade é grande para haver fiscalização” e que “solicitações são atendidas quando feitas via 156”.

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Outros flagrantes que chamam atenção são as placas caídas no meio da rua, amarradas em postes e até mesmo servindo como suporte para fiações de luz e telefone. Algumas ainda estão cobertas por árvores e postes. A reportagem encontrou até mesmo uma placa de sinalização, na Cidade Industrial, que indica o limite de velocidade, repleta de tiros. Em nota, a Setran confirmou o recebimento das fotos enviadas pela Tribuna do Paraná e disse que “nos próximos dias vai verificar a situação das placas e a possibilidade de reparos e melhorias nos locais repassados”.