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O coronel Antônio Zanatta Neto desmentiu veemente as acusações nas mídias sociais de que policiais encapuzados teriam começado o incêndio | Átila Alberti /Tribuna do Paraná
O coronel Antônio Zanatta Neto desmentiu veemente as acusações nas mídias sociais de que policiais encapuzados teriam começado o incêndio| Foto: Átila Alberti /Tribuna do Paraná

A Polícia Militar (PM) disse, em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (8), que o incêndio de grandes proporções que destruiu uma área de ocupação no bairro Cidade Industrial, em Curitiba (CIC), teria sido causado por um grupo criminoso com o objetivo de inibir uma ação policial que ocorria no local. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela própria PM.

Na sexta-feira à noite, vários agentes buscavam o assassino do policial militar Erick Norio, do 23º. Batalhão de Polícia Militar (PM), morto em uma emboscada enquanto trabalhava, poucas horas antes

O fogo começou no mesmo período, perto das 23 horas de sexta-feira (7), e se alastrou rapidamente pelas casas de madeira, chegando a destruir, segundo bombeiros e moradores, cerca de 300 casas.

IMAGENS: veja fotos e vídeos do incêndio

Durante o agravamento das chamas, moradores começaram a postar vídeos nas redes sociais culpando os agentes da PM pelo incêndio. A Polícia negou essa acusação.

“[O incêndio] Seria uma retaliação do tráfico ou do crime organizado contra a ação policial que estava sendo feita. Toda a ação desenvolvida pelas forças de segurança foram pautadas dentro da legalidade”, afirmou o tenente-coronel Nivaldo Marcelos da Silva.

O coronel Antônio Zanatta Neto desmentiu veemente outras notícias veiculadas nas mídias sociais de que policiais encapuzados teriam começado o incêndio. “As pessoas que dizem isso com certeza são pessoas ligadas ao crime, da vila de baixo, de outro estabelecimento, que estariam repelindo a ação policial e jogando a conta desses fatos na Polícia Militar, nós não admitimos isso”, respondeu. “Absolutamente todos, inclusive os policiais do nosso serviço de inteligência, vou repetir, todos, estavam identificados como policiais militares”, afirmou.

O incêndio vai ser investigado não só pela Polícia Civil, através da Delegacia de Armas e Munições (Deam), mas também pela própria PM.

“Algumas pessoas dizem que foi a PM, mas não trazem imagens, nem fotos, nem colocam no papel e também não assinam declarações. As informações que temos, no primeiro momento, é que não foram policiais militares e que sim foi uma rivalidade entre as facções que moram e que agem naquela região. Não temos dúvida de que foi provocado por bandidos”.

Até agora, um suspeito pelo assassinato do soldado se apresentou à Polícia. A Polícia também investiga outras duas mortes ocorridas entre o homicídio e o incêndio.

A Prefeitura informou, por nota, ter acionado a Defesa Social, a Guarda Municipal, a Fundação de Ação Social (FAS), a Secretaria Municipal da Educação, a Secretaria Municipal da Saúde, coordenados pela Regional da CIC. Cerca de 80 pessoas foram abrigadas na Escola Municipal Doutor Hamilton Calderari Leal. Elas receberam colchão, cobertores e alimentos. O Centro de Referência da Assistência Social (Cras) também está aberto para atendimento à população.

Bombeiros foram atacados por alguns moradores da ocupação ao tentar apagar as chamasÁtila Alberti /Gazeta do Povo

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