A Polícia Civil investiga se o motorista suspeito de provocar o grave acidente na BR-277, em Balsa Nova, nesta quinta-feira (25) estava acima da velocidade permitida. Seis pessoas morreram na colisão após o caminhão carregado de milho não conseguir parar e atingir mais dois caminhões e outros quatro carros que estavam parados em fila no quilômetro 124 da rodovia, um pouco antes do pedágio de São Luís do Purunã. Os carros ficaram prensados entre os caminhões. O motorista, de 31 anos, segue preso e foi indiciado por homicídio doloso, que não permite fiança.
De acordo com a polícia, a troca dos discos do tacógrafo do caminhão não vinha sendo feita. Dessa forma, não há como precisar qual era a velocidade do veículo na hora do acidente. No entanto, a Delegacia de Campo Largo, que investia o caso, vai pedir ajuda da fabricante do caminhão na perícia para tentar calcular a quantos quilômetros por hora o caminhoneiro trafegava no momento do acidente.
A média dos últimos registros captados pelo tacógrafo mostra que o motorista costumava andar em velocidade alta. No trecho do acidente, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h. A audiência de custódia que vai definir se o suspeito continua detido está marcada para a tarde desta sexta-feira (26).
O acidente bloqueou o fluxo de veículos por quase cinco horas quinta-feira no sentido Curitiba, o que gerou congestionamento de 16 quilômetros. Às 19h40 de quinta, os veículos envolvidos no acidente foram retirados da pista e o tráfego foi liberado por completo na BR-277.
Vítimas
Seis pessoas morreram no acidente, que aconteceu em um trecho de obras. A concessionária informa que a área estava devidamente sinalizada.
Três feridos foram encaminhados para o Hospital do Rocio, em Campo Largo. O casal que perdeu duas filhas de 13 e 6 anos recebeu alta no fim da manhã desta sexta (26). O terceiro ferido, que é de Florianópolis e perdeu a esposa e um filho na colisão, sofreu fratura no tornozelo e também recebeu alta.
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