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Grupo focava em pessoas idosas como vítimas dos golpes. | Daniel Caron/Tribuna do Paraná
Grupo focava em pessoas idosas como vítimas dos golpes.| Foto: Daniel Caron/Tribuna do Paraná

A Polícia Civil (PC) prendeu domingo (19) cinco pessoas acusadas de aplicar golpes em agências do Banco do Brasil em Curitiba. As prisões foram feitas pelo Grupo Tático Integrado de Repressão Especial (Tigre) - a equipe de elite da PC - que colocou policiais à paisana nas agências para identificar os criminosos. Até a manhã desta segunda-feira (20), cinco pessoas foram confirmadas como vítimas do grupo, todas idosas. Entretanto, de acordo com os agentes do Tigre, a tendência é de que mais vítimas apareçam com a prisão. A princípio, os golpes se concentraram em duas agências: Batel e Padre Anchieta, no bairro Bigorrilho.

Evite cair em golpes: veja como se proteger

“Eles escolheram bancos em bairros de classe alta e agiam nos finais de semana, justamente quando o acesso ao atendimento bancário é mais difícil”, explica o delegado Cristiano Quintas. O grupo sempre agia nos finais de semana e mirava principalmente em clientes idosos.“Os golpes também eram aplicados normalmente de manhã, que é quando os idosos procuram esse tipo de atendimento no banco”, completa o delegado.

A quadrilha é da zona leste da cidade de São Paulo e especializada neste tipo de crime. O Tigre entrou na investigação há cerca de um mês, depois de ser informado pela própria administração do Banco do Brasil sobre os golpes.

O prejuízo médio de cada vítima foi de R$ 20 mil. Segundo a investigação do Tigre, eles se aproveitavam da vulnerabilidade dos idosos para trocar o cartão usado no caixa eletrônico e também gravar a senha. Enquanto um membro do grupo distraia a vítima, outro colocava o cartão em uma maquininha de débito e zerava a conta

Com isso, conseguiam zerar as contas em questões de segundos em maquininhas de débito e crédito. “Eles se ofereciam para ajudar os idosos e diziam que a pessoa precisava pôr novamente o cartão na máquina para encerrar a sessão. Assim que a pessoa botava o cartão na máquina e digitava a senha, eles memorizavam. Com porte do cartão e da senha, eles faziam compras e zeravam as contas em questão de segundos”, explica Quintas.

Os acusados foram presos em flagrante domingo (19) enquanto tentavam aplicar mais um golpe em um correntista do Banco do Brasil. Os cinco presos devem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e consumado mediante fraude e tentativa de furto qualificado.

Mais denúncias

O delegado Quintas afirma que clientes do Banco do Brasil que suspeitem ter sido vítimas do grupo podem ligar diretamente o Tigre, no telefone 3270-1950. “Já na prisão, domingo, mais gente fez denúncias. Agora com o caso na imprensa essas denúncias contra o grupo devem aumentar”, acredita o delegado.

Para Quintas, com a chegada do fim de ano e, consequentemente, a entrada do valor do 13°. salário depositado em contas, este tipo de crime tende a aumentar. Por isso, a orientação é muito cuidado na hora de realizar qualquer operação nos caixas eletrônicos. “A gente orienta, principalmente, que as pessoas que usam caixa eletrônico não digitem senha na presença dos terceiros. O próprio banco orienta que nem mesmo na presença de funcionários deve ser digitadas ou fornecidas as senhas”.

Veja mais orientações:

- Não permitir que ninguém pegue seu cartão

-Checar regularmente saldos e extratos da conta

- Não confiar em estranhos para ajuda

-Avisar a polícia em caso de suspeitas

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