Doze pessoas foram presas durante uma ação deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (12) em Curitiba para impedir a ação de punguistas — criminosos que agem em meio à multidão para fazer pequenos furtos sem que as vítimas percebessem a ação, como batedores de carteira. Eles agiam principalmente no Centro e a polícia suspeita é que eles atacavam uma média de 10 pessoas por dia.
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A operação foi batizada de Tiradentes justamente porque o grupo agia nas praças da região central, sobretudo a Tiradentes e Carlos Gomes. Ao todo, 50 policiais da Divisão Policial da Capital (DPCap) participaram da ação, além de agentes da Guarda Municipal e soldados da Polícia Militar. Além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos bairros Boqueirão, Xaxim, Bairro Alto, Cidade Industrial, Centro e Região Metropolitana de Curitiba (Pinhais e Almirante Tamandaré).
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De acordo com a polícia, os presos são suspeitos atuava há mais de um ano na região. “Após a escolha da vítima, eles utilizavam força física, o conhecido ‘cavalo louco’, para que os demais integrantes da quadrilha pudessem simular que estavam ajudando a pessoa lesada, porém sem saber ela estava sendo furtada”, explica o delegado responsável pela ação, Cassiano Alfiero. “Naquele momento, sem a vítima sentir, ela perdia todos os seus pertences pessoais, como carteiras, celulares e dinheiro”.
As investigações começaram há cerca de um mês após a prisão de outros três indivíduos, que ajudaram a polícia a identificar os outros membros do grupo. De acordo com o delegado, a atuação da quadrilha já estava nos radares da polícia, mas foi a apreensão do trio inicial que ajudou as equipes a chegarem aos demais envolvidos.
Todos os suspeitos foram autuados pelos crimes de furto, roubo e associação criminosa. A maior parte já possuía passagem policial por crimes contra o patrimônio (furto e roubo). Na residência dos envolvidos, as equipes apreenderam vários celulares, além de um simulacro de arma de fogo. Os celulares serão periciados para localizar ainda os receptadores dos objetos levados pelo bando.