Uma quadrilha suspeita de vender diferentes tipos de drogas no Centro e no Batel, em Curitiba, foi presa em uma operação da Divisão de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc) neste fim de semana. E o que mais chamou a atenção dos policiais foi que o grupo utilizava uma máquina de cartão e até mesmo parcelavam o pagamento.
Ao todo, 12 pessoas foram presas. Elas são suspeitas de venderem drogas como maconha, cocaína, ecstasy e crack nas ruas do Centro da capital e também em festas e baladas do Batel. Além deles, foram apreendidas algumas armas. O grupo também atuava em alguns bairros de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana.
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De acordo com a Polícia Civil, em uma ligação telefônica interceptada durante as investigações, um dos membros do grupo explicava que a droga era vendida tano no débito quanto no crédito e que, se fosse necessário, o valor poderia ser parcelado. No extrato do equipamento, foi constado que eles venderam cerca de R$ 16 mil somente nos últimos quatro meses — mas a suspeita é que o lucro seja bem maior.
“Com comércio dos entorpecentes a quadrilha arrecadava por volta de R$ 2 mil por dia apenas com cocaína”, explicou a delegada da Denarc, Camila Ceconello, responsável pela ação policial. A investigação levou cerca de três meses e flagrou traficantes e usuários em ruas do bairro São Francisco e Centro.
Investigação
Além das prisões, o Denarc descobriu ainda pontos em que parte da droga — principalmente cocaína e drogas sintéticas — era produzida. No local, a polícia encontrou equipamentos e produtos usados para produção e embalagem dos produtos. Ao longo da investigação, também foram apreendidas grandes quantidades de cocaína, crack, maconha e ecstasy.
“Normalmente estes traficantes estão de posse de pouca quantidade de droga, para que, numa possível abordagem da polícia, sejam confundidos com usuários. Mas o que observamos é uma frequente venda de entorpecentes. Eles vendem as drogas e já buscam mais para comercializar. Este vai e vem caracteriza o tráfico”, explica Ceconello. “A investigação mostrou que alguns dos presos revendiam drogas para microtraficantes”, completa.
De acordo com o departamento, a investigação deve evoluir para tentar identificar outros traficantes e também a origem da droga.
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