| Foto: Gilberto Abelha - Jornal de Londrina/Gilberto Abelha - Jornal de Londrina

O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa formada pelo Ministério Público e as polícias Civil e Militar, faz na manhã desta terça-feira (19) operação para cumprir mandados de condução coercitiva e busca e apreensão em Curitiba e cidades da Região Metropolitana em uma investigação contra policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) suspeitos de extorquirem motoristas. A ação foi batizada de Operação Via Calma.

CARREGANDO :)

Ao todo, foram expedidos 22 mandados de condução coercitiva, sete deles envolvendo policiais. De acordo com o coordenador do Gaeco, Leomir Batisti, eles são suspeitos de cobrarem propina de condutores que tivessem alguma irregularidade com o veículo ou a documentação. “Recebemos denúncias de que eles montavam barreiras nas estradas e paravam pessoas, fazendo a abordagem e pedindo propina”, explica. 

Leia também - Novo módulo da PM no Centro de Curitiba vai ficar para 2018

Publicidade

Segundo o coordenador, os mandados foram expedidos contra seis soldados e um cabo da Polícia Rodoviária Estadual que atuavam nos postos de Quatro Barras e Almirante Tamandaré, ambos na região metropolitana de Curitiba. “Constatamos que, após essas paradas feitas pela polícia, alguns motoristas saíam e depois voltavam ao local, supostamente para pagar a propina. É isso que estamos verificando”, aponta Batisti. 

Somente no posto de Quatro Barras, os agentes do Gaeco encontraram R$ 2 mil em dinheiro. Durante a operação, também foram apreendidos outros valores, que ainda serão verificados, documentos, telefones celulares e materiais diversos.

Além dos sete suspeitos, os mandados envolvem ainda alguns oficiais da corporação que atuavam nesses postos, que serão ouvidos para ajudar nas investigações. Também foram realizados nove mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos municípios de Curitiba, Paranaguá, Araucária, Colombo e Almirante Tamandaré.

Segundo a Polícia Militar, os policiais denunciados foram afastados de suas funções até a conclusão das investigações. “Se confirmadas as denúncias, a Polícia Militar instaurará um procedimento para avaliar as condutas e aplicar as medidas cabíveis a cada caso”, afirma a corporação em nota.