Alunos da Escola Superior da Polícia Civil (ESPC) tiveram a oportunidade nesta sexta-feira (08) de participar de um treinamento especial com o grupo de elite da corporação, o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre). Aproveitando a avaliação dos formandos em técnicas de primeiros-socorros e atendimento a vítimas de confrontos, o Tigre fez em sua sede, no bairro Vila Izabel, uma simulação de atentado terrorista.
O treino, que também teve a participação de socorristas do Siate, simulou um atentado terrorista no estacionamento de um shopping. O delegado Cristiano Quintas, do Tigre, explica que os alunos foram expostos a alta pressão no treino, para simular a ação o mais próximo possível da realidade. “A maquiagem na simulação das vítimas não é à toa. Cada maquiagem reproduz um ferimento que eles aprenderam a atender na sala de aula e podem encontrar numa ação real”, enfatiza o delegado.
Na simulação, a negociação entre a polícia e a os terroristas é frustrada. Com isso, a equipe tática do Tigre, que em maio fez capacitação especial com agentes do Raid, o grupo antiterrorista da Polícia Nacional da França, entra em ação. O objetivo é invadir o local onde estão os terroristas e neutralizá-los.
“No exercício, aproveitamos para por as habilidades do grupo tático em ação, inclusive com snipers (atiradores de elite) e a equipe tática”, explica Quintas. Na sequência da simulação, os alunos da ESPC coloram em prática os conhecimentos aprendidos com os socorristas do Siate. “Os alunos põem em prática técnicas como retirada de feridos, sejam civis, policiais ou até mesmo os criminosos, e até técnicas de autosocorro, que, para o policial é essencial em uma situação dessa”, reforça o delegado.
Quintas afirma que em uma ação contra terroristas se a negociação é frustrada, a equipe tática tem de ser rápida ao entrar em ação. “O momento mais tenso de uma ação como essa é quando a polícia entra, em que a equipe tem que ser muito rápida para neutralizar os criminosos sem a necessidade de socorro, já que não adianta neutralizar as ameaças e as vítimas perecerem ou morrerem”, explica.
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