A policial civil Kátia das Graças Belo, acusada de assassinar a copeira Rosaira Miranda da Silva com um tiro disparado de seu apartamento em direção a uma festa em Curitiba, em dezembro de 2016, é um dos servidores públicos promovidos pelo decreto da semana passada do governo do Paraná.
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Rosaira foi morta com um tiro na cabeça quando participava de uma confraternização com colegas de trabalho no Centro Cívico no dia 23 de dezembro de 2016. Irritada com o barulho da festa, a investigadora Kátia atirou da janela do apartamento em que mora. O disparo atingiu a copeira, que chegou a ser socorrida, mas faleceu no hospital.
Katia foi promovida por tempo de serviço a partir de liminar da Justiça. A ação foi movida pelo sindicato dos policiais, que pediu a promoção de todos os servidores que respondem processos administrativos, para que eles tenham direito ao benefício até que sejam provadas suas infrações dentro da corporação.
Mesmo dentro da lei, a promoção de Kátia entristeceu a família de Rosaria. “Essa promoção renova as dores da família. É uma policial que deveria ser afastada, mas foi promovida”, afirma o advogado da família da copeira, Edson Luiz Facchi Jr, que acredita que a promoção será revogada com a possível condenação de Kátia na esfera criminal.
A previsão é de que a policial vá a júri popular até o segundo semestre de 2021. Katia foi acusada de homicídio por motivo fútil. Além disso, a acusação tenta incluir outras duas qualificadoras que podem agravar a pena de Kátia se for condenada: perigo comum – quando o ato pode atingir mais pessoas além da vítima – e impossibilidade de defesa.
Já o advogado da policial, Peter Amaro de Sousa, reforça que a promoção está dentro da lei. “É uma situação normal no serviço público a promoção de quem responde processo administrativo até que se prove que ele cometeu algo errado. E a promoção é por antiguidade, ela não foi promovida a um novo cargo”, aponta. “Além disso, a Kátia está cumprindo tudo o que a Justiça vem exigindo dela”, completa Sousa.
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