Só na fila do caixa, tempo média de espera é de 30 minutos | Foto: Albari RosaGazeta do Povo

Os dias que antecedem o Ano Novo no Litoral paranaense já começam a testar a paciência dos veranistas. Em praticamente todos os locais, desde o trânsito até o comércio local, filas se formam e a espera muitas vezes passa da casa de uma hora.

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Em um dos maiores supermercados de Matinhos, o movimento neste sábado (30) fazia as pessoas esperarem ao menos 30 minutos na fila do caixa — e os serviços internos da loja também exigiam paciência das pessoas. Na fila para comprar carne, o empresário Élcio Stelzner aguardava por cerca de 20 minutos para ser atendido e a espera não seria a última do dia. Ainda seria necessário, segundo ele, pesar as frutas e verduras além de enfrentar a fila do caixa. 

O segredo, para o empresário, é preparar o espirito para a intensa movimentação da época. “A gente já vem preparado. Já sabia que, se fosse para descer para a praia, seria para enfrentar o movimento”, destacou. 

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De acordo com o consultor da empresa, Cesar Prestes Boera, a movimentação deste final de ano surpreendeu. “Estamos muito felizes, não dá para reclamar. As vendas estão 10% acima do esperado e tem horas que nem dá para se mexer aqui na loja, de tanta gente que procura”.

Para Boera, o tempo chuvoso, que marcou a sexta-feira (29), não espantou a clientela. Ao contrário, fez com que as pessoas fossem mais à loja, na visão do consultor. “Quem se programou para vir, não vai deixar de descer por causa da chuva. Vem e acaba achando outras atividades para fazer, antecipa compras, sempre acha o que fazer”.

Fila também se estende ao açougue e na hora de comprar frutas 

Para o professor Cesar Giacominni, além de testar a paciência, passar a virada do ano no Litoral é também um exercício de civilidade, já que, sem atitudes cordiais e de gentileza, a convivência seria impossível com tanta gente reunida em um mesmo local. “Acho que o maior exemplo é o trânsito. Você vê gente dando espaço, cedendo lugar para entrar na via. Se não fosse assim, ninguém andava aqui. É muito carro, muita gente em uma cidade pequena. Fico até feliz de ver que as coisas são assim”, contou.

Stelzner, que desceu na sexta-feira e adiantou tudo que podia de compras em Curitiba, acredita que nessas datas, em que a procura pela cidade é enorme, são inevitáveis esperas, filas e transtornos. Para ele, o jeito é exercitar a paciência, já que serviços como o mercado são indispensáveis e não há como evitar aglomerações de pessoas. “É assim mesmo. Sempre venho na temporada e se você não se mantiver calmo, paciente, não vai ser legal, você mais se estressa que aproveita”, completou. 

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