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 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo
| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo

Choveu cerca de 210 milímetros em Curitiba em outubro até esta segunda-feira (30), o que representa um aumento de 60% em relação à média histórica do mês, segundo dados do Simepar. Antes de o mês começar, o instituto antecipava que poderia chover cerca de 60 milímetros a mais que a marca histórica, que é de 140 milímetros, fato que se consolidou no último fim de semana do mês.

De acordo com Samuel Braun, meteorologista do Simepar, a justificativa é o fluxo constante de ar quente e úmido vindo da região amazônica, que potencializou as condições de chuva em todo o estado. Braun conta que o fenômeno foi visto repetidamente durante o mês, principalmente durante os fins de semana, o que explica as repetidas chuvas durante os sábados e domingos.

O meteorologista afirma que o fenômeno é comum, mas a sua localização varia de ano para ano. “Não é possível explicar com precisão, mas as vezes esse fluxo se concentra sobre São Paulo, as vezes desce e fica sobre o Rio Grande do Sul. É variável, e neste ano acabou se concentrando sobre o Paraguai e a região Oeste do Paraná, o que provocou essas chuvas”. Assim, o estado todo registrou precipitações acima da média, e algumas regiões receberam até três vezes mais chuvas que o habitual para outubro, como foi o caso em Cascavel.

O alto volume de água e as muitas tempestades causaram diversos estragos em Curitiba e em todo o estado. Na capital, um trabalhador ficou ferido após cair de um andaime e estudantes de uma universidade acabaram presas no elevador da instituição graças a força das chuvas e dos ventos, que derrubaram 80 árvores na cidade e deixaram mais de 21 mil residências sem energia. Parte da cobertura da Unidade de Pronto Atendimento do Tatuquara também acabou cedendo com a chuva. No interior, uma pessoa morreu após ser atingida por um raio, além da cobertura de uma lanchonete, arrancada pelo vento, em Guarapuava.

Como fica o tempo nesta terça

Nesta terça-feira (31), a previsão é de que a chuva dê as caras apenas nas áreas mais a leste do estado, mas de maneira isolada. A frente fria, que predominou sobre o Paraná no fim de semana, já tem seu centro sobre o Oceano Atlântico, o que faz com que pouca umidade tenha sobrado sobre o estado. A nebulosidade ainda estará presente, e o sol aparece entre nuvens durante todo o dia. Com isso, as temperaturas sobem, mas não devem passar da casa dos 24ºC, conforme o Simepar. A mínima fica na casa dos 14ºC.

O sol deve aparecer entre nuvens também no Litoral, mas as temperaturas nas praias paranaenses devem subir mais do que na capital. A nebulosidade será maior, com possibilidade de chuvas a qualquer hora do dia, mas o predomínio será do sol. Com o aquecimento da atmosfera, os termômetros sobem até a casa dos 27ºC, durante a tarde. A mínima fica na casa dos 19ºC.

Quem terá pouca nebulosidade e sol constante são as regiões Noroeste, Norte e Oeste. Mais distantes do centro da frente fria, as áreas devem voltar a registrar temperaturas na casa dos 30ºC, com destaque para a área entorno de Paranavaí, que registrará máxima de 32ºC. A mínima está antecipada para Cascavel, que amanhece com temperatura na casa dos 16ºC.

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