A imagem de um escorpião postada em uma página do Facebook no último sábado (16) preocupou curitibanos e alguns até começaram a se preparar para a luta contra uma suposta infestação do animal na capital paranaense. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba garante que não há motivo para pânico. Segundo a pasta, durante todo o ano de 2017, foram registrados apenas cinco casos de acidentes envolvendo escorpiões em Curitiba. O número é menor do que em 2016, quando seis foi notificados pela secretaria.
Saiba como evitar dar de cara com um escorpião
A postagem que assustou a população foi realizada por uma moradora do bairro Botiatuvinha, que afirmou ter encontrado o animal peçonhento no banheiro de sua casa e precisava saber se ele era venenoso. A publicação recebeu mais de 200 comentários que expressavam medo e dúvidas a respeito de como lidar com a situação. O assunto também repercutiu em alguns veículos de comunicação, aumentando a preocupação dos moradores da cidade.
De acordo com Cláudia Staudacher, chefe da fauna sinantrópica de Unidade de Vigilância em Zoonoses da SMS, esse caso apresentado na página do Facebook não foi relatado à unidade, mas outros já foram registrados na mesma região. “Ali existem vários terrenos baldios com acúmulo de lixo, o que pode aumentar a incidência de escorpiões”, comentou. Mas ela garante que o número de registros não é alarmante. “Em toda Curitiba nós atendemos 10 solicitações sobre o assunto em 2017 e capturamos quatro animais. Esse índice é normal”, pontuou. Segundo a SMS, em 2016 foram nove solicitações e seis animais capturados.
Além de afirmar que não há infestação de escorpiões na cidade, Cláudia também ressalta que a maioria das espécies encontradas na capital não oferece alto risco à saúde. “Não tivemos conhecimento de nenhum acidente grave envolvendo esses animais”.
Mesmo assim, a população deve ficar atenta ao escorpião amarelo, o Tityus serrulatus, que possui veneno potente para levar a vítima à morte. “Não é tão comum em Curitiba, mas pode ocorrer”, explica. Os principais sintomas após uma picada são dores fortes, vômito, sudorese, agitação e choque.
Como proceder
Ainda que não haja infestação na cidade, Claudia explica que o animal pode se proliferar com o aumento da temperatura e a chegada do verão. Por isso, algumas medidas como vedar as soleiras de portas, colocar telas em ralos e manter a caixa de gordura bem fechada são necessárias para evitar acidentes.
Quem mora perto de terrenos baldios também pode cavar uma vala entre o terreno e sua residência para evitar o deslocamento de animais peçonhentos. “Com isso, um escorpião que passar por ali pode cair no local e ficar à mercê de um predador”. Além disso, todos devem evitar o acúmulo de lixo e entulho nesses locais. “E, ao visualizar alguém desrespeitando isso, a ação deve ser denunciada”, pontua.
Mesmo com cuidado, escorpiões podem aparecer e, ao encontrá-los, a orientação é entrar em contato com a Unidade de Vigilância em Zoonoses, por meio do telefone 156 ou com o Centro de Controle de Envenenamento, da Secretaria de Estado da Saúde, pelo telefone 0800 410 148.
Em caso de acidente, a indicação é buscar atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas. “Nestes casos, se for possível levar o animal, é melhor, pois ajuda a identificar o melhor tratamento”, explica Cláudia.
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