Seis motoristas tiveram prejuízo ao abastecerem seus carros na manhã desta terça-feira (20) em num posto de combustíveis na BR-116, em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Isso por causa de uma confusão da própria administração do estabelecimento, que carregou por engano com diesel o tanque que era para armazenar etanol.
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A motorista Izabel Cristina Prohman foi uma das lesadas pelo engano. Ela abasteceu o carro cedo e seguiria viagem para o litoral do Paraná. “Depois que saí do posto, o carro não aguentou nem um quilômetro e começou a falhar, até que saiu muita fumaça e parou”, relata.
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Izabel diz que além dela, outros quatro motoristas tiveram o mesmo problema logo que saíram do posto de Colombo. “Todos eles tinham abastecido no mesmo posto e tiveram o mesmo problema. Os carros simplesmente pararam”, enfatiza.
Os motoristas acionaram a Polícia Civil, que mandou uma equipe da Delegacia do Consumidor (Delcon) para averiguar a situação. “Ao conversarmos com o gerente do posto, ele assumiu toda a responsabilidade. Disse que se enganou na hora de colocar o diesel no reservatório e acabou completando o tanque errado, o de etanol, um erro humano e não uma adulteração, como os motoristas estavam suspeitando”, explica o superintendente da Delcon Roberto Ramires.
“Não sei o que me deu que troquei os tanques. Um fica ao lado do outro e talvez eu tenha me confundido, mas infelizmente aconteceu e agora vamos ter que arcar com os prejuízos”, lamenta o gerente Alexandre Silva Moraes.
Operação Pane Seca
O que levantou desconfiança dos motoristas foi o fato de em março de 2017 o posto chegou a ser investigado pela Operação Pane Seca, da Polícia Civil. À época, nove estabelecimentos chegaram a ser fechados por fraudar a quantidade de combustível que saia das bombas. “Agora estamos com uma nova diretoria e não foi adulteração, errei o tanque mesmo”, defende o gerente.
Foram despejados 8 mil litros de diesel no reservatório, que já armazenava 12 mil litros de etanol. “Acontece que diesel e etanol não se misturam. É como se fosse óleo e água. Isso acabou afetando os carros. Por isso, garantimos que não foi adulteração e sim um erro”, ressalta Silva.
Para ajudar os seis motoristas que ficaram com os carros danificados, o posto chamou um caminhão-cegonha para recolher os veículos e levá-los para o conserto. “Vamos fazer todos os procedimentos necessários para que os motoristas não tenham prejuízo. Afinal, foi um erro meu. Tenho que arcar com as consequências”, admite o gerente.
Além do prejuízo com os reparos nos veículos, o posto também pode acabar ter prejuízo com os 20 mil litros de combustível. “Ainda não sabemos se perdemos tudo. Antes, vamos retirar o conteúdo do reservatório, para limparmos o tanque. Depois, vamos descobrir se vai ser possível separar o diesel do etanol. Caso não dê para separar, teremos mais prejuízo ainda”, contou Alexandre.
As investigações vão continuar. Os seis motoristas vão registrar Boletim de Ocorrência para oficializar a queixa. “O gerente e o dono do posto já foram intimados e vão prestar os esclarecimentos para identificarmos se foi mesmo um erro humano ou não. Mas tudo indica que sim”, considerou Ramires.
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