Depois de os vereadores de Curitiba aumentarem em aproximadamente cinco vezes a multa para quem for pego pichando bens públicos, a prefeitura decidiu lançar um programa para fechar ainda mais o cerco contra a pichação. A iniciativa, contudo, será restrita apenas à área central da cidade, em um planejamento que envolve outras intervenções de recuperação e que vai custar R$ 4,8 milhões aos cofres da administração municipal.
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), o projeto engloba imóveis localizados em uma área de 2 km² no Centro de Curitiba, em um polígono de quadras compreendido entre as ruas XV de Novembro, Mariano Torres, Conselheiro Araújo, Luiz Leão, João Gualberto, Inácio Lustosa, Benvindo Valente, Paulo Graeser Sobrinho, Emílio de Menezes, Visconde de Nácar e as vias transversais.
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Para reduzir a escala de imóveis públicos pichados neste polígono, a prefeitura promete a aplicação de um verniz antipichação nos prédios - o mesmo que já foi aplicado na recuperação da Praça Afonso Botelho, no Monumento à Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Parque Tanguá e na Praça 19 de Dezembro, que voltou a ser vandalizada recentemente. “A peculiaridade desse verniz é que ele faz um processo de impermeabilização que vai deixar a tinta da pichação mais superficial e tornar a remoção mais fácil”, explicou a secretária municipal de Meio Ambiente Marilza do Carmo Oliveira Dias.
Outras intervenções
Chamado de Rosto da Cidade, o projeto prevê ainda outras intervenções que vão desde sondagem de propriedades e até mesmo estudos de incentivos para a recuperação do Centro de Curitiba. A recuperação será em quatro etapas.
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A primeira delas é o Setor Histórico, desde a Rua São Francisco até a Telepar no encontro com a Manoel Ribas, com investimento de R$ 1,7 milhão para a recuperação de 83 mil metros quadrados. O segundo trecho envolve as Praças Tiradentes e Generoso Marques, uma área de 51 mil metros quadrados, com investimento estimado de R$ 980 mil. A terceira parte das intervenções se dará no eixo das ruas Barão do Rio Branco e Riachuelo, desde a Praça Eufrásio Correia até a 19 de Dezembro, numa área de 75 mil metros quadrados na qual deverão ser investidos R$ 1,7 milhão na recuperação.
Na quarta etapa entrará a Trajano Reis desde o Setor Histórico até a Praça do Gaúcho, uma área de 19 mil metros quadrados, na qual deverão ser investidos R$ 495 mil .
Além de prédios públicos, a ideia é de que imóveis particulares também sejam incluídas na ação. Nesse caso, a prefeitura estuda uma parceria com os donos doeste imóveis e a iniciativa privada - o que facilitaria na obtenção de tintas, por exemplo.
Veja quais imóveis municipais incluídos no projeto
- Casa Hofmann
- Casa Romário Martins
- Casa da Memória
- Memorial de Curitiba
- Arcadas de São Francisco
- Palacete Wolf
- Casa do Artesanato
- Conservatório de MPB
- Cinemateca
- Novelas Curitibanas
- Cemitério Municipal
- Solar do Barão
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