A prefeitura de Curitiba pretende publicar em revista científica internacional um estudo sobre a eficácia do lockdown para conter a transmissão da Covid-19 na cidade. O artigo está sendo elaborado pela equipe de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para, na sequência, ser oferecido a edições científicas. Antes de publicar artigos, as revistas científicas analisam o conteúdo e o processo de levantamento de dados.
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"Tomamos medidas que podem ser questionadas. Mas nossos estudos mostram que todas as vezes em que adotamos medidas restritivas, imediatamente em seis a sete dias tínhamos queda [do número de casos]", afirmou a secretária municipal de Saúde Márcia Huçulak. "Vamos publicar um estudo em uma revista científica que mostra a queda no número de casos e, consequentemente, de óbitos. Poderíamos ter tido muito mais óbitos", completou a secretária.
A informação de que a prefeitura está elaborando estudo sobre o lockdown foi dada por Márcia Huçulak em evento do Dia da Mulher, terça-feira (8), na Associação Comercial do Paraná (ACP). A entidade foi justamente a mais crítica em relação ao fechamento de estabelecimentos nos piores períodos da pandemia.
"Estávamos em guerra contra o vírus. Não uns contra os outros. Poucos não entenderam que a guerra era contra o vírus. Cada um na sua frente de batalha, tentando defender os seus, como fez o Camilo Turnima [presidente da ACP], muito bem representando o comércio e a necessidade de abertura. Por outro lado, tínhamos também o enfrentamento [da pandemia]", justificou a secretária de Saúde.
Curitiba ficou mais de um mês sob "bandeira vermelha"
Oficialmente, Curitiba ficou 35 dias em lockdown em 2021, quando o comércio teve de fechar as portas por decreto no período de bandeira vermelha, sendo permitido apenas o funcionamento de estabelecimentos essenciais, como postos de combustíveis. Foram 23 dias de medida restritiva severa entre os meses de abril e maio e outros 12 dias entre maio e junho.
Antes de adotar o lockdown, a prefeitura já havia implantado medidas pontuais para diminuir a circulação de pessoas e consequentemente a transmissão do coronavírus, restringindo horários de determinados estabelecimentos, proibindo a circulação de pessoas de noite e impedindo que supermercados abrissem aos domingos.
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