Um preso morreu em mais uma rebelião na Delegacia de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, na noite de terça-feira (14). Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil foram acionados para atender a ocorrência.
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O detentos chegaram a fazer um um policial civil de refém e agredido pelos preso. Para soltá-lo, outro policial atirou e matou um dos detentos. A carceragem da delegacia tem capacidade para 8 detentos, mas abriga 64. Há anos a Delegacia de São José dos Pinhais sofre com superlotação. Em fevereiro, um surto de sarna entre os detentos gerou a interdição da carceragem por parte da Vigilância Sanitária e preocupação entre policiais e advogados, temerosos de adquirirem a doença no contato com os preso.
Segundo um policial que atua na delegacia e não quis se identificar, a confusão ocorreu por volta das 21 h, quando um dos presos diabético solicitou aplicação de insulina. “Os detentos começaram a gritar falando que o preso estava passando mal e precisava do medicamento. Quando o policial abriu a cela para entregar o remédio, os detentos puxaram ele para dentro”, diz.
Mesmo com luta corporal, os detentos mantiveram o policial como refém. Enquanto o policial era agredido pelos presos, outros policiais dispararam para cima na tentativa de dispersar o tumulto. “Mesmo com a gente disparando, eles continuaram chutando o policial e gritando que ele ia morrer”, conta o policial que estava de plantão no momento da rebelião.
Mesmo com reforço policial, os detentos não voltaram atrás. Então, os policiais dispararam contra o preso que segurava o refém. A ação durou 30 minutos.
Os cinco detentos que lideraram a rebelião e agrediram o policial foram autuados em flagrante por tentativa de homicídio. A delegacia abriu inquérito para apurar os fatos.
Transferência
A Delegacia de São José dos Pinhais é foco constante de rebelião de detentos. Ainda não há informação se depois da rebelião desta terça haverá transferência de presos.
“Todos os dias nós fazemos pedido para o Depen (Departamento Penitenciário) para que os presos sejam transferidos. Inclusive o Ministério Público já solicitou também”, conta o policial.
No local, há presos que já estão condenados. Pela lei, detentos condenados devem ser transferidos para os presídios.
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