A Polícia Civil prendeu segunda-feira (26), em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, o suspeito de ser um dos mentores da megatentativa de assalto ao comboio de cinco carros-forte na BR-376, em Palmeira, nos Campos Gerais, no início de fevereiro. A tentativa de assalto vitimou quatro pessoas na rodovia: dois vereadores da cidade de Barra do Jacaré, no norte do estado, um caminhoneiro que passavam pela BR-376, além de um dos integrantes do grupo criminoso.
A prisão de Célio Afonso Silva, conhecido como Coelho, 42 anos, foi efetuada pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), que investiga os casos de assaltos a bancos e carros-forte. Entretanto,ele também era procurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pela suspeita de um duplo homicídio no dia 3 de março no bairro Pilarzinho, em Curitiba. O suspeito foi preso com mais cinco pessoas suspeitas de envolvimentos a assaltos e tráfico de drogas. Ele tinha dois mandados de prisão abertos, respondia a 30 processos e já estava condenado a 34 anos de prisão por outros crimes.
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As mortes no início de março seriam por desavença do acusado com outros criminosos.Em janeiro 2017, ele foi um dos presos resgatados em outra ação cinematográfica, quando o muro da penitenciária de Piraquara foi explodido por um grupo criminoso. “Logo que saiu da prisão ele já começou a praticar crimes novamente. Esse marginal vinha dando muita dor de cabeça em Curitiba, em bairros como Caiuá e Pilarzinho”. enfatiza o delgado Rodrigo Brown, do Cope. “Ele matou pessoas com tiro de fuzil na cabeça, roubou carros-fortes e explodiu agências bancárias”, complementa o delegado.
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Brown afirma que o detido tinha participação intensa em “crime de cangaço”, quando os grupos criminosos fazem diversos reféns em cidades pequenas para assaltar bancos. Além da tentativa de assalto ao comboio de carros-fortes em Palmeira, também é acusado de outras ações semelhantes em cidades do Paraná. Numa ação recente em Pitanga, na região central do estado, ele chegou a ser alvejado em confronto com a Polícia Militar (PM) e ainda se recupera do ferimento no braço.
Arsenal pesado
Ao longo de toda a investigação, o Cope e a PM apreenderam diversos armamentos com o grupo. Entre eles, um fuzil AK-47, utilizado em guerras no mundo todo, usado para assassinar as vítimas no bairro Pilarzinho. Também foram apreendidos fuzis .50, cuja bala é capaz de perfurar blindagem.
No dia seguinte ao ataque ao combio, o Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope) da PM encontrou o esconderijo do grupo em uma chácara em Bateias, distrito de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. No confronto com a PM, outros dois suspeitos morreram.