As três unidades da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que deixaram de funcionar 24 horas em trechos da região metropolitana de Curitiba voltarão a ter regime integral a partir da próxima quarta-feira (1°.). Por falta de efetivo, os postos de Araucária (BR-476), Mandirituba (BR-116) e São José dos Pinhais (BR-277, conhecido como Wanser) estavam com equipes fixas apenas durante o dia desde o começo do mês. Mas problemas estruturais fizeram a PRF voltar atrás no esquema.
O principal entrave para os postos pararem de funcionar 24h foi o arranjo da unidade operacional do Contorno Leste. O posto, que fica na BR-116, passou a integrar as equipes das três unidades que tiveram as escalas de trabalho reduzidas, mas foi considerado pequeno demais para abrigar todos os policiais ao mesmo tempo. A PRF nega que uma possível queda na agilidade dos atendimentos tenha obrigado o órgão a rever a reformulação.
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“Essa parte dos atendimentos até deu uma dinamizada. Mas isso foi mesmo algo experimental, para a gente ver o que dava certo e o que dava errado. Agora o que a gente precisa melhorar é a parte da estrutura da unidade do Contorno Leste, que não é feita para concentrar tantos policiais”, explicou Daniel Costa, chefe da 1ª. Delegacia da PRF, que atende a região metropolitana de Curitiba.
Com a mudança, as unidades terão equipes trabalhando também na madrugada – período em que os três postos ficam fechados, com os policiais da área concentrados no Contorno Leste. “Antes eles estavam trabalhando de forma integrada, como se as quatro fossem uma só. Agora, cada uma volta a ter sua equipe de forma autônoma”, afirma Costa.
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Contratações
Apesar de as mudanças terem sido motivadas por falta de efetivo, a PRF informou que o retorno ao sistema anterior não tem a ver com a contratação de novos profissionais. A Polícia Rodoviária Federal vive um quadro de déficit de seu efetivo em todo o país. Atualmente, das aproximadamente 13 mil vagas do órgão espalhadas pelo Brasil, apenas 10 mil estão ocupadas. Como se trata de um cargo federal, a seleção exige a realização de um concurso público, que pode ser anunciado ainda neste semestre.
Por isso, a PRF não descarta que outras alterações como a testada durante o mês de julho sejam implantadas. “Nós já estamos corrigindo o que deu errado e, se nada melhorar, pode ser uma alternativa futura”, completa o policial.