A crise do abastecimento, provocada pela greve dos caminhoneiros, não afetou apenas comerciantes e as famílias curitibanas. Os hospitais da cidade sentiram o impacto da paralisação, que mexeu com os estoques de mantimentos para as refeições dos pacientes, equipe e acompanhantes. Ocorre que em momentos de crise também há espaço para boas ações. Foi o que sentiu a equipe da Santa Casa de Curitiba, ao ser surpreendida com a doação de cerca de 500 quilos de verduras e legumes. Os alimentos foram doados por produtores da Colônia Murici, na região de São José dos Pinhais, ao lado de Curitiba.
Tempo real da greve dos caminhoneiros em Curitiba.
A assessoria do hospital explica que, por causa da greve, a instituição ficou com um estoque bastante baixo de alimentos perecíveis. Primeiramente, a equipe entrou em contato com pequenos proprietários rurais a fim de comprar os produtos direto da “fonte”, já que os distribuidores estavam sem acesso à mercadoria. Os produtores, no entanto, como estavam com grande quantidade de alimentos parada devido aos bloqueios nas estradas, acabaram optando por fazer uma doação ao hospital.
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Foram doados itens como brócolis, cebola, rúcula, salsinha, couve-flor, abóbora, repolho, espinafre e cenoura. Até o momento, foram três levas de doações: uma no sábado (26), outra na segunda-feira (28) e mais uma no fim da tarde desta quarta-feira (30).
Segundo a instituição, os alimentos recebidos rendem refeições para alguns dias. Mesmo em tempos normais, produtos de hortifrúti não são adquiridas em grande quantidade, pois são perecíveis. Enquanto há indefinição a respeito do abastecimento de alimentos em Curitiba, a Santa Casa decidiu priorizar a alimentação dos pacientes.
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O hospital também precisou suspender as cirurgias cardíacas e ortopédicas eletivas que estavam marcadas para os últimos e próximos dias. Isso porque, além de muitos pacientes de outras cidades não estarem conseguindo chegar a Curitiba, o estoque de sangue diminuiu após o início da greve. Distribuidores de órteses e próteses também estavam com dificuldade para chegar à cidade.
Insumos básicos para atender os pacientes, como gás, oxigênio, medicamentos e alimentos não perecíveis, no entanto, não faltaram, mesmo com a crise. O desafio tem sido mesmo em relação aos mantimentos perecíveis, como frutas, verduras, legumes, carne e leite.
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