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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo/Arquivo

Professores da rede estadual de ensino realizam uma paralisação nesta quinta-feira (30) para marcar os 30 anos da greve dos professores de 1988. Na ocasião, policiais militares jogaram cavalos, cães e bombas de efeito moral contra os manifestantes. Por causa da programação, existe a possibilidade de não haver aulas na rede estadual. A orientação para os pais é de que liguem para as instituições de ensino e confirmem se as atividades estão mantidas ou não nesta quinta.

Em Curitiba, a manifestação começa às 9h na Praça Santos Andrade e segue em passeata até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. A previsão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) é de que o ato continue durante todo o dia, o que pode alterar a rotina de até 2.100 instituições de ensino em todo o estado.

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De acordo com o sindicato, todos os servidores, estudantes e pais de alunos são convidados a participar da ação. “Diferente das outras manifestações, já fomos informados de que será autorizada a reposição das horas dos servidores que aderirem à paralisação”, adiantou o professor Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato. No entanto, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) não confirma essa autorização de reposição das horas e informa que 30 de agosto é um dia letivo normal do calendário escolar.

“Mais informações a respeito do assunto só serão passadas pessoalmente em reunião agendada com a categoria nesta quinta-feira”, informa a secretaria. A pasta ainda orienta os pais e responsáveis a entrar em contato diretamente com a instituição de ensino de sua região para confirmar se os alunos terão aula.

Reivindicações

Além de recordar os incidentes de 1988, a paralisação tem o objetivo de lembrar outras situações de violência sofridas pelos professores. Uma delas é a de 29 de abril de 2015, quando dezenas de manifestantes foram atingidos por disparos e outras agressões de PMs. “Temos sofrido inúmeros atos de violência física em nossas manifestações, sendo que o que queremos é respeito e o exercício de nossos direitos”, disse o presidente da APP-Sindicato.

Segundo ele, representantes da classe também devem se reunir com a governadora Cida Borghetti após a caminhada até o Centro Cívico. No encontro, serão apresentadas reivindicações como reajuste salarial e a correção da distribuição de aulas. “O ambiente das escolas está muito ruim e os servidores estão adoecendo”, pontuou Leão. Além disso, a categoria solicita a anistia das faltas que foram lançadas aos participantes de outras manifestações da classe. “Essas faltas são ilegais e atacam nossas manifestações na tentativa de desmobilizar a categoria”, completou.

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