Segundo maior pronto socorro do Paraná, o Hospital e Maternidade São José (HMSJP), em São José dos Pinhais, não está realizando, desde a quarta-feira (10), atendimentos de emergência. O hospital atendia cerca de 900 pessoas por mês em situações emergenciais. A demanda agora, informou a prefeitura de São José dos Pinhais nesta quinta-feira (11), deverá ser absorvida por hospitais de cidades vizinhas, como Curitiba, onde o sistema de saúde emergencial já enfrenta sobrecarga.
Conforme a prefeitura, para moradores da cidade o serviço foi cancelado temporariamente, por conta de uma adaptação dos contratos dos médicos do hospital, que antes eram terceirizados. O objetivo da interrupção do serviço, segundo o município, é continuar atendendo apenas a demanda hospitalar da população local. Antes do corte, assinala a prefeitura, esse atendimento a munícipes era prejudicado pela grande quantidade de atendimentos a pacientes externos. De 900 atendimentos emergenciais mensais, somente em torno de 60 eram para moradores da cidade, o equivalente a menos de 10% da demanda.
“Tivemos momentos em que pacientes da UPA Afonso Pena aguardavam uma vaga na UTI do HMSJP, que estava com 70% das vagas ocupadas por pacientes de outros estados”, esclarece Giovani de Souza, secretário de Saúde da cidade.
Segundo Souza, outro problema é que o hospital, da prefeitura, é mantido com 80% de recursos municipais. “O custo mensal para manter os atendimentos emergenciais no HMSJ estava sendo entre R$ 5 e 6 milhões, dos quais apenas R$1,4 milhão era repassado pelo governo federal”, explica.
Novos médicos, atendimento realocado
Por meio de concursos e processos seletivos, a prefeitura convocou 122 médicos para ocupar cargos no hospital. Desses, 80 já estão atendendo. Ainda assim, essa quantidade de profissionais não oferece capacidade plena para continuar com o atendimento emergencial a pessoas de fora da cidade. Para quem vive em São José dos Pinhais, os serviços de emergência estão sendo feitos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Afonso Pena.
A previsão da prefeitura é que o atendimento ao público do município seja retomado em 180 dias, quando todos os contratos devem estar regularizados.
Colaborou Cecília Tümler
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