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Eder Borges, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL), subiu no carro de som para discursar durante protesto dos motoristas | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Eder Borges, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL), subiu no carro de som para discursar durante protesto dos motoristas| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O protesto de motoristas de aplicativos contra o projeto de lei que regulamenta serviços como Uber, Cabify e 99POP ganhou contornos eleitorais em Curitiba na manhã desta segunda-feira (30). Em meio às manifestações contra a proposta, alguns motoristas foram até o carro de som estacionado no bairro Centro Cívico e começaram a discursar contra o PT e movimentos de esquerda, além de fazer campanha ao deputado federal Jair Bolsonaro (Patriotas).

Um dos primeiros a abordar o tema eleitoral foi Eder Borges, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) na capital paranaense. Ele subiu no carro de som e afirmou que a regulamentação proposta no Projeto de Lei da Câmara 28/2017 vai afastar as pessoas para o transporte individual de passageiros. “Com isso, o preço sobe, a maioria das pessoas vai ter que voltar a andar de ônibus, esses ônibus precários, sem segurança”, reclama.

E o discurso inspirou outros motoristas a atacarem o PT e os governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. “Os socialistas só querem tirar o nosso trabalho”, bradou um dos organizadores do protesto, Ernanes Santos, que emendou com mensagens a favor de Bolsonaro. Na sequência, Eduardo da Costa, motorista da Uber desde março, disse que o projeto é resultado do corporativismo e da proteção sindical sustentada pelo PT. “Eles defendem sindicatos porque querem votos, mas esse tradicionalismo precisa ser equilibrado. Ainda existe essa proteção do PT”, afirmou.

Segundo o consultor jurídico do grupo, Aramis Lopes Filho, embora não fosse o objetivo do protesto, a alusão a posturas políticas faz parte do movimento. “Como alguns candidatos estão sempre nos apoiando, nada mais justo do que apoiar eles também”, disse. Para ele, as manifestações eleitorais não enfraquecem o ato. Apesar dos gritos de Bolsonaro 2018” no carro de som, não houve reação dos motoristas.

O projeto de lei que vai ser votado amanhã foi proposto pelos deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Luiz Carlos Ramos (PTN-RJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Renata Abreu (PTN-SP), Laudivio Carvalho (SD-MG) e Rôney Nemer (PP-DF).

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