Policiais civis de Curitiba protestaram por causa da situação dentro e fora da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), no bairro Vila Izabel. Eles pedem a retirada da grande quantidade de carros apreendidos estacionados ao redor da delegacia e também a remoção da carceragem superlotada da unidade. Um ato foi organizado no início da tarde desta segunda-feira (18) pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) para pedir por mudanças.
De acordo com o presidente Sinclapol, Fábio Rossi Barddal, tanto os veículos quanto os detentos apresentam um risco não apenas aos policiais que trabalham lá, mas também à toda a comunidade em volta. “O foco do nosso ato é a insalubridade que extrapola os muros da delegacia e atinge também a vizinhança. É um bairro residencial, com muitos prédios, casas e escolas”, diz. Segundo ele, a ideia do ato é pressionar a administração pública para resolver a situação.
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Em relação aos veículos que ocupam as vagas de estacionamento e calçadas próximas à DFRV, Barddal explica que a situação chegou a tal ponto que os carros se tornaram criadouros do mosquito da dengue. “A Vigilância Sanitária já tinha alertado para o risco que esses veículos oferecem para a vizinhança em relação ao Aedes aegypti”, afirma o presidente do Sinclapol.
Já na carceragem, a reivindicação é de que os cerca de 96 presos que ocupam as oito celas sejam retirados da unidade e levados para penitenciárias. Ao todo, a DFRV tem capacidade para apenas 24 detentos.
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Segundo Barddal, a situação na Delegacia de São José dos Pinhais — onde um surto de sarna afetou não apenas os presos, mas chegou a ameaçar policiais e advogados — mostrou os riscos de se manter um espaço assim dentro da área urbana. “Esses são problemas antigos. Estou na polícia há 15 anos e tudo continua igual, ninguém se mexe. Então fizemos esse ato para cobrar atitudes”.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) informa que alguns dos veículos estacionados no pátio da DFRV estão aguardando perícias e outros estão porque os proprietários não fizeram a retirada. “Infelizmente, algumas das vítimas de furtos e roubos não retiram seus veículos por falta de recursos financeiros ou falta de interesse devido às condições em que os carros se encontram”, explica.
Já em relação à carceragem, a secretaria afirma que semanalmente o Comitê de Transferência de Presos (Cotransp) — que conta com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público — autoriza a transferência de presos de delegacias para o sistema prisional.
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