Os motoristas que precisam passar pelas ruas próximas à Câmara de Vereadores de Curitiba, no Centro da capital, vão depender de uma dose extra de paciência nesta terça-feira (20). O protesto de servidores municipais contra a aprovação de pacote de ajustes fiscais fez com que a Avenida Visconde de Guarapuava fosse inteiramente bloqueada na altura da rua João Negrão ao longo de todo o dia, o que acabou complicando o trânsito em importantes vias de acesso aos bairros. E a previsão é que a situação fique ainda mais delicada durante o horário de pico.
De acordo com o gerente de operações da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), Pedro Darci, a principal recomendação é para que os motoristas procurem caminhos alternativos para se deslocar neste início de noite. “Quanto mais longe da Visconde de Guarapuava, melhor”, aponta. E, ainda que o trânsito na avenida tenha sido liberado por volta das 17h, a estimativa da pasta é que o trânsito siga bastante lento até as 20h.
Uma das razões para essa lentidão prolongada é que até mesmo ruas que não foram bloqueadas acabaram sofrendo com os reflexos da interdição da Visconde de Guarapuava. É o caso da André de Barros, considerado o principal corredor de acesso de que vem do Centro em direção à região Norte de Curitiba. Como muitos motoristas tentaram escapar da confusão na avenida, isso acabou travando o fluxo de quem vai no sentido a bairros como Cabral, Juvevê, Bacacheri e Santa Cândida.
O problema nesses desvios é que são poucas as ruas que conseguem fazer a substituição com a mesma eficiência, já que a André de Barros é a rua com o maior número faixas a seguir nesse sentido. “Para fugir do Centro, a recomendação mais natural seria a André de Barros, mas ela também está travada, então a solução acaba sendo pela Amintas de Barros”, destaca o gerente de tráfego. Assim, ainda que ela seja um pouco mais estreita, a tendência é que ela flua um pouco melhor.
Sentido Sul
Já para quem vai ao sentido oposto, em direção à região Sul da capital, as opções acabam sendo um pouco mais variadas — mas o que não torna a situação menos complicada. Embora a Avenida Visconde de Guarapuava seja o principal caminho para quem vai para bairros como Água Verde, Portão e Capão Raso, o acesso a outras rotas é um pouco mais fácil.
Segundo o Setran, os motoristas podem contar tanto com a Avenida Iguaçu quanto com as ruas Chile e Engenheiros Rebouças para ter acesso à rápida do Portão. “A Iguaçu é uma opção para quem já está mais para o Centro e precisa de um desvio. Já a Engenheiro pode ter um pouco de lentidão no seu início, já que o trânsito na Conselheiro Laurindo está parado por causa da Visconde de Guarapuava”, indica Darci.
Viadutos parados
Até mesmo ruas distantes da Câmara Municipal – mas que dão acesso à Visconde de Guarapuava – devem ser evitadas, conforme recomendação da Setran. Por volta das 17h, o congestionamento chegava a afetar ruas do Alto da XV, como a Almirante Gonçalves. Isso porque, como explica o gerente de operações do órgão, todas as vias que direcionam à avenida acabaram ficando travadas.
Essa situação afetou até mesmo a Avenida das Torres. A saída do Viaduto Colorado chegou a ficar completamente parada por causa do nó criado nas esquinas da Mariano Torres com Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava. Quem depende do Viaduto Capanema também vai encontrar dificuldades.
“O problema é que, nesses casos, não há muito o que o motorista possa fazer”, explica Darci. “Uma alternativa seria desviar pela Linha Verde, mas ela está em obras e a situação pode não ser muito diferente”.
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