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Terremoto assustou muita gene e mudou a rotina de moradores de Rio Branco do Sul | Lineu Filho/Tribuna do Paraná
Terremoto assustou muita gene e mudou a rotina de moradores de Rio Branco do Sul| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Uma movimentação na Zona da Falha da Lancinha - um dos mais importantes sistemas de falha geológica do Paraná - é a hipótese mais provável para explicar o terremoto de 3,5 graus na escala Richter que atingiu Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, na madrugada desta segunda-feira (18). Moradores da cidade sentiram a terra tremer à 0h16. De acordo com especialistas, como o fenômeno foi superficial, são baixas as chances de os tremores voltarem a ocorrer.

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“O que acontece é que a crosta terrestre está sob tensão. Depois da movimentação de terra, cria-se uma onda de choque. Já que houve essa liberação de tensão tão importante, não haveria risco de abalo sísmico novamente”, aponta o geólogo Eduardo Salamuni, especialista em análise estrutura tectônica e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O também geofísico Marcelo Bianchi , pesquisador do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), acrescenta que o tremor em Rio Branco do Sul foi superficial . O que ajuda a explicar a ausência de feridos e danos maiores na cidade. “Foi um tremor raso, superficial, como muitos que acontecem quase que diariamente. Eles são bastante comuns, na verdade. Neste caso, por ser próximo a uma região com alta densidade populacional, causou esse nervosismo natural”, aponta Bianchi, que reafirma a baixa probabilidade e tremores secundários.

Susto

Ao sentir o tremor de terra, moradores de Rio Branco do Sul cogitaram várias possibilidades, menos a de um terremoto, incluindo a explosão de caixa eletrônico, já que a cidade vive uma onda de crimes desta natureza, além da explosão de dinamite , uma vez que a exploração de pedras e minerais é a principal atividade econômica do município. Teve até quem achou que pudessem ser mísseis da Coreia do Norte.

Inicialmente, a própria USP tinha relatado tremores ainda mais fortes em Itaperuçu, ao lado de Rio Branco do Sul, e São Jerônimo da Serra, no Norte Pioneiro. Mas após a revisão dos dados, a universidade paulista confirmou a ocorrência do fenômeno apenas em Rio Branco do Sul.

Também foi revisada a profundidade do terremoto. Antes o sistema apontava um impacto de 50 km de profundidade, mas, na verdade, o abalo chegou a cerca de 5 km de profundidade.

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