Apenas quatro dos seis bicicletários públicos licitados pela prefeitura de Curitiba serão concedidos à iniciativa privada este ano. Eles estão localizados no São Lourenço, na Arthur Bernardes, no Pinheirinho e no Jardim Botânico. Para os outros dois, localizados no Centro Cívico e no Carmo, não surgiram interessados.
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Esses últimos permanecerão desativados pelo menos até o começo de 2022. “Vamos avaliar a aceitação pela população e o desempenho dos quatro que serão concedidos e poderemos fazer ajustes para os próximos, se necessário”, disse Pedro Romanel, diretor administrativo financeiro da Urbs, informando que uma nova licitação para as outras duas áreas poderá ser feita no próximo ano.
Esta é a terceira vez que a prefeitura tenta viabilizar os bicicletários. Eles foram instalados em 2006 pela empresa Clear Channel, responsável pelo mobiliário urbano da cidade. Na primeira licitação não surgiram interessados. Na segunda, uma única empresa venceu três lotes e passou a explorar os bicicletários do Jardim Botânico, Centro Cívico e São Lourenço, que funcionaram de 2012 a 2015. As outras áreas não despertaram interesse na época.
Desta vez, para atrair mais interessados e ser mais rentável financeiramente, a prefeitura permitiu que, além de ter alvará de estacionamento e reparos de bicicletas, as áreas possam funcionar como espaços de alimentação, com cafés e lanchonetes. Também foram projetados banheiros, que antes não estavam previstos.
No total, o valor de outorga pago pelas quatro áreas chegou a R$ 97,1 mil, bem acima do valor mínimo, que totalizaria R$ 49,2 mil. “Os lances superaram bastante o valor mínimo”, destaca Pedro Romanel, diretor administrativo financeiro da Urbs. A outorga mínima por lote variava de R$ 11 a R$ 13 mil.
O maior valor foi ofertado para o bicicletário do Jardim Botânico, R$ 31,1 mil. Para os demais, os valores foram: R$ 30 mil (Arthur Bernardes), R$ 21 mil (São Lourenço) e R$ 15 mil (Pinheirinho). Chamou a atenção a falta de interessados para o bicicletário do Centro Cívico. O diretor da Urbs atribui à pandemia e ao home office, que mudaram a dinâmica da região, reduzindo o fluxo de pessoas, tornando a área menos atrativa para exploração comercial.
O resultado da licitação será publicado em Diário Oficial nos próximos dias e, a partir daí, há um prazo legal de 10 dias para recurso. Passado este prazo, os vencedores serão confirmados e poderão iniciar as adequações. Os vencedores são pessoas físicas que, a partir da homologação do resultado, terão que constituir empresas para assumir o negócio. A previsão é que os quatro bicicletários sejam abertos ao público em novembro. O resultado da licitação pode ser conferido neste link.