Em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, no programa Conexão Repórter, do SBT, Allana Brittes acusou o jogador Daniel de procurar problema antes de ser assassinado pelo pai dela, o empresário Edison Brittes Jr, em outubro de 2018. A entrevista foi ao ar na noite de segunda-feira (12), véspera do depoimento de Allana e dos outros réus à Justiça no Fórum de São José dos Pinhais, região de Curitiba, que acabou sendo adiado para setembro. A partir desta terça-feira (13), os sete réus prestam depoimento na audiência de instrução e julgamento, que vai definir como será o julgamento, inclusive se os acusados irão ou não para júri popular.
“O Daniel não foi a única vítima no meu ponto de vista. Para mim, minha mãe foi a maior vítima. Minha mãe estava dormindo, na cama dela, no quarto dela. Se uma mulher não tiver privacidade na própria cama, não sei onde vai ter”, afirmou Allana na entrevista, após sair da Penitenciária de Piraquara semana passada para responder o processo em liberdade. “Quem matou o Daniel foi meu pai. Mas quem procurou tudo isso foi o próprio Daniel. A partir do momento em que ele entrou naquele quarto, ele não pensou nas consequências que poderiam vir”, completou Allana, que responde no processo por coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de adolescente.
Allana se refere ao fato de Edison ter flagrado Daniel dentro do quarto ao lado de Cristiana. O jogador, com passagens por Botafogo, Coritiba e São Paulo, chegou a enviar a um amigo pelo Whatsapp fotos dele ao lado da esposa de Edison na cama do casal. Nas mensagens com as fotos, o jogador faz insinuações de que iria transar com Cristiana, mesmo com ela dormindo nas fotos. “Era uma mulher casada, embriagada, dormindo. Era uma casa de família. Mas o Daniel não pensou nisso. Ele pensou que só pelo fato de ser um jogador, de ter dinheiro, ele podia fazer tudo. E as coisas não são assim”, defende-se Allana na entrevista no SBT.
Allana também aproveitou a entrevista para defender o pai. "Eu não condeno ele [Edison], porque eu sei que ele não jamais procurou isso. O Daniel que procurou. Ele foi na minha casa sem ser convidado, foi no quarto da minha mãe sem ser convidado. Ele importunou ela enquanto minha mãe estava dormindo", acusou Allana. "As pessoas julgam, mas ninguém se colocou no luar do meu pai. E se fosse a sua mulher e outro homem tivesse deitado ao lado dela, qual seria a reação?", questionou Allana na entrevista.
Memória de Daniel
Em resposta, o advogado Nilton Ribeiro, que representa a família de Daniel e presta apoio ao Ministério Público na acusação, afirmou que as declarações de Allana são factoides. “Deixem a memoria do Daniel em paz. Parem com essas mentira e factóides. Tenham dignidade pelo menos agora. Sejam humanos. Digam a verdade e paguem pelo que fizeram", declarou o advogado antes da audiência na Justiça nesta terça.
Daniel foi assassinado por Edison Brittes com requintes de crueldade. Além de ser severamente espancado, ele teve o pênis decepado e quase teve o pescoço degolado.
Antes de ser assassinado, o atleta havia passado a noite na festa de 18 anos de Allana. Depois da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, em Curitiba, o jogador acompanhou a família e outros amigos da jovem para uma outra festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, onde foi espancado e, depois, levado para o matagal.
Brasil está mais perto de “estocar vento” (e sol): primeiro leilão é esperado para 2025
Fim do marxismo nas escolas? Os planos de Trump para erradicar a agenda woke dos EUA
Justiça da Argentina manda prender 61 brasileiros condenados ou investigados pelo 8/1
MP da Venezuela vai rever casos de pessoas presas nas manifestações contra Maduro