Rafael Greca (DEM) tomou posse nesta sexta-feira (1º) para um novo mandato à frente da Prefeitura de Curitiba. Ele e o vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD) foram empossados em uma cerimônia realizada na Câmara Municipal. Poucos convidados estavam no plenário, entre eles alguns secretários da última gestão de Greca e vereadores, como o líder do prefeito no Legislativo até o ano passado, Pier Petruziello (PTB).
Em discurso durante a sessão, Pier ressaltou o fato de que Rafael Greca foi eleito para um terceiro mandato no comando da capital paranaense. O prefeito esteve no cargo entre 1993 e 1996 e 2017 e 2020.
Volta à normalidade e vacinação
Em áudio encaminhado pela assessoria da Prefeitura, Greca afirmou que o grande desafio da nova gestão é devolver a normalidade pós-pandemia à cidade. “É promover a retomada econômica, após uma vacinação em massa. A mais eficaz e a mais intensa possível”, disse ele.
Greca declarou ainda que irá se empenhar pessoalmente na busca pela chegada da vacina contra a Covid-19 aos curitibanos. “Como eu gostaria que a Prefeitura pudesse fabricar vacinas. Isso não sendo possível, dependentes que somos dos grandes laboratórios internacionais e também do arbítrio de outras esferas de governo, nós vamos nos empenhar com todo o nosso capital político para que Curitiba fique imune já e o mais rápido possível”, afirmou.
Sem previsão de início da vacinação em Curitiba
Na entrevista coletiva à imprensa, após a posse, Greca disse que não tem como precisar quando a vacinação contra a Covid-19 começará em Curitiba. "A cidade está preparada para fazer a vacinação a partir do momento em que o Governo de São Paulo ou o Ministério da Saúde nos oferecerem os imunizantes", disse ele. O prefeito afirmou que a prioridade será imunizar os 70 mil profissionais da área da saúde que atuam no município.
Greca anunciou no final de 2020 que estabeleceu um acordo com o governador de São Paulo, João Doria, para a aquisição de doses da Coronavac, o imunizante desenvolvido na parceria do laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan.
Perguntado sobre insumos como as seringas para aplicação das vacinas, o prefeito disse que isso não será um problema na cidade, já que Curitiba tem, segundo ele, estoque suficiente dos equipamentos. Recentemente foi divulgada a informação de que o Ministério da Saúde fracassou na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas para a vacinação no Brasil.
Críticas à politização e aos negacionistas
O “segundo ato” da posse do prefeito e do vice-prefeito, após a sessão na Câmara, foi uma cerimônia realizada no Memorial de Curitiba, no centro histórico da cidade.
Como havia feito no Legislativo, durante o discurso Greca gritou: “Curitiba imune já!”, no que se transformou em uma espécie de “bordão” para o início da nova gestão.
O prefeito disse que, após celebrar o acordo com Doria, para a aquisição de doses da Coronavac, irá conversar também sobre o tema com o presidente da República. “Tenho conversado com o líder do Governo, Ricardo Barros, para dizer que é preciso percebermos que só uma vacinação em massa libertará o Brasil desse flagelo”, declarou o prefeito.
Greca ainda criticou a politização do tema e o negacionismo de quem não acredita na vacina como meio de enfrentamento da pandemia: “No mundo moderno, não é possível existir quem transforme vacina ou política de saúde em bandeira política, ou quem caia na sandice obscurantista de negar o poder dos imunizantes eficazes”, afirmou ele.
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