A reintegração do transporte coletivo de Curitiba com os municípios de Quatro Barras e Almirante Tamandaré será retomada. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30) no Palácio Iguaçu durante a assinatura de um convênio com o governo do estado para garantir investimentos em terminais e estações-tubo de Curitiba.
De acordo com a prefeitura de Curitiba, o município de Quatro Barras fará ligação com o Terminal Santa Cândida, enquanto Almirante Tamandaré será integrado ao Terminal do Fazendinha.
Veja também: reformas em terminais e em estação-tubo também são anunciadas
A linha Quatro Barras/Santa Cândida não precisará de novas obras para entrar em funcionamento e, por isso, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) afirma que ela sairá do papel no mês de novembro. A Comec afirmou que divulgará nos próximos dias a lista de estações-tubo atendidas.
Já a linha Fazendinha/Almirante Tamandaré precisa da instalação de uma estação-tubo próxima ao Museu Oscar Niemeyer, o que exige a abertura de licitação e alguns estudos entes de ser colocada em funcionamento. Ainda não há previsão para o início das obras.
Desintegração
A desintegração do transporte aconteceu até 2015, quando a prefeitura de Curitiba - então sob o comando de Gustavo Fruet (PDT) - e o governador Beto Richa (PSDB) não se entenderem sobre o valor do subsídio estadual para equilibrar as contas do sistema metropolitano, que tem linhas mais longas e deficitárias. Sem acordo, 106 das 356 linhas da rede passaram a ser gerenciadas pela Comec, vinculada ao executivo estadual.
O subsídio anual de R$ 64 milhões que o governo alocava no transporte coletivo da capital foi cortado no primeiro trimestre de 2013. Na época, Richa afirmou que o sistema municipal de ônibus era uma responsabilidade dos prefeitos e que não poderia ser terceirizada para o estado. Segundo ele, a ajuda ao prefeito anterior e seu aliado, Luciano Ducci (PSB), foi momentânea e não poderia ser assumida pelo estado de forma permanente.
Beto Richa sempre afirmou que a desintegração do sistema de transporte foi uma decisão unilateral, pedido da prefeitura municipal. Por sua vez, a gestão de Fruet sempre negou a informação, garantindo que foi o governo do estado que cortou o subsídio para o transporte metropolitano e decidiu não renovar o convênio que autorizava a Urbs a gerenciar o sistema. Quando Greca (PMN) , aliado de Richa, assumiu a prefeitura da capital, a reintegração com alguma cidades passou a ser retomada, tais como Araucária e Colombo.
Outras obras
Segundo a prefeitura de Curitiba, o convênio firmado com o governo do estado nesta segunda-feira também abrange outras obras com o objetivo de garantir mais conforto e mobilidade de passageiros da capital e das linhas metropolitanas que circulam por Curitiba.
Entre os investimentos está a reforma no terminal Boqueirão, onde será implantada uma plataforma elevada para atender a linha metropolitana São José, que hoje compartilha as estações da linha urbana Sítio Cercado.
Além disso, a estação-tubo Carlos Gomes - que fica na rua Lourenço Pinto, no Centro de Curitiba – será ampliada, permitindo que os ônibus articulados possam fazer embarques e desembarques por três portas. Atualmente, a estação atende passageiros da linha metropolitana Fazenda Rio Grande com apenas duas portas.
“Isso se soma ao nosso trabalho para melhorar as ligações da capital com nossos municípios vizinhos como o acesso a Fazendo Rio Grande pela Linha Verde Norte, obra que começa no próximo dia 6; a ponte sobre o rio Atuba, no limite com Colombo e a melhoria da avenida Manoel Ribas em direção a Campo Magro”, disse o prefeito.
O pacote de investimentos do governo do estado conta ainda com reforma de terminais em municípios da RMC, implantação de 346 abrigos de ônibus em 18 municípios e outras ações. Somados, os investimentos em Curitiba e na RMC chegam a R$ 5 milhões.
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