Os medicamentos foram jogados perto de uma chácara que pertence ao pai do secretário de saúde do município| Foto: Colaboração/Jornal Expresso

Diversos medicamentos dentro do prazo de validade foram descartados em um matagal na zona rural de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba. Os remédios - que seriam da rede pública de saúde - teriam sido jogados no último fim de semana perto de uma chácara que pertence ao pai do vice-prefeito e secretário de saúde do município, Anderson dos Santos Lara. No entanto, os produtos só foram localizados nesta quarta-feira (27). Até o momento, não se sabe como os medicamentos foram parar naquele local.

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O Ministério Público do Paraná foi informado a respeito da situação e já acionou a Polícia Ambiental do estado para recolher o material descartado. A solicitação foi feita pelo promotor de justiça Rafael de Sampaio Cavichioli, que também abriu uma investigação para apurar o caso.

A Polícia Ambiental do Paraná analisou o local no fim da tarde desta quinta-feira (28) e verificou que entre os produtos há remédios para osteoporose, mal de Alzheimer e pressão alta. “Nós colhemos amostras para enviar ao Ministério Público e a Vigilância Sanitária do município ficou responsável pela limpeza do local”, afirmou o capitão Álvaro Gruntowski.

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Até quatro anos de reclusão

De acordo com ele, o descarte inadequado de medicamentos é um crime descrito no artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais, e os responsáveis pela ação podem ser punidos com até quatro anos de prisão, além do pagamento de multa.

“Remédios possuem uma regulamentação para seu descarte, assim como ocorre com o lixo hospitalar. Se forem deixados a céu aberto, por exemplo, podem ser tóxicos e prejudicar a saúde de humanos e animais. Não sabemos quais substâncias estão ali, então é necessário cuidado”, explicou.

Denuncie

Além disso, o capitão solicita que a população denuncie imediatamente qualquer situação de crime ambiental e ainda tente fotografar e anotar a placa do veículo utilizado pelos suspeitos para auxiliar nas investigações. Denúncias podem ser realizadas pelo telefone 181.