Renata Bueno levou modelo da Lei Rouanet para Itália, o que possibilitou a reforma do Coliseu.| Foto: Divulgação
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A ex-vereadora de Curitiba Renata Bueno está em campanha para buscar novamente uma cadeira no parlamento italiano. Ela foi a primeira brasileira eleita como deputada na Itália em 2013; agora, volta à disputa, que ocorrerá no próximo dia 25 de setembro, pela chapa Unione Sudamericana Emigrati Italiani (USEI), uma união de emigrantes que trabalha pelos direitos das comunidades italianas em todo o mundo.

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A lei eleitoral italiana permite que cidadãos italianos, até mesmo os que têm dupla cidadania, possam votar e ser candidatos nas eleições. Nas eleições deste ano serão abertas duas vagas para estrangeiros da América do Sul ao Parlamento. Em 2013, quando foi eleita pela primeira vez, Renata alcançou 20 mil votos.

Todos os brasileiros com dupla cidadania, ou italianos residentes no Brasil, receberão em suas casas a cédula de voto até o dia 11 de setembro. A cédula deve ser entregue aos consulados até o dia 22 de setembro. Caso não tenha recebido em sua residência, o eleitor deve procurar um consulado até o prazo de entrega do voto.

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Deputada levou modelo da Lei Rouanet para a Itália

Um dos destaques do seu primeiro mandato foi a “exportação” da Lei Rouanet, hoje artigo número um da cultura italiana, segundo Renata. Foi a novidade legislativa que possibilitou a reforma do Coliseu, um dos principais monumentos na Itália, afirma a candidata. “Levamos a Lei Rouanet do Brasil à Itália, então hoje o empresário pode também financiar bens públicos em território italiano”, explicou.

Para o novo mandato, as principais propostas de Renata são voltadas à área da educação, como o reconhecimento de diplomas universitários e duplo diploma entre a Itália e os países da América do Sul. Ela também destaca a necessidade de se criar um ambiente de apoio e parcerias entre universidades públicas e privadas da Itália e demais países da circunscrição, como forma de incentivar o intercâmbio entre empresas.

Candidata defende mudanças no processo de concessão de cidadania italiana

Além disso, a candidata também defende o fim de limites de geração para o reconhecimento da cidadania italiana. A medida, propõe Renata, deve valer inclusive para aqueles descendentes por linha materna e também para os trentinos. A medida deve, assim, garantir atendimento digno e eficiente nos consulados italianos da circunscrição, levando ao Ministério competente novas soluções, como o aumento de pessoal e treinamento específico para melhoria do atendimento ao público.

“Precisamos urgentemente de uma revisão do sistema para entrega da documentação de reconhecimento da cidadania. Com isso, visamos garantir ainda um canal aberto com o consulado para fornecimento de informações aos cidadãos”, apontou Renata. “Não é só uma vantagem para os brasileiros e sul-americanos com dupla cidadania, é uma oportunidade para melhorar os serviços dos consulados e questões básicas do dia a dia do cidadão italiano”, complementou.