A incorporação de denúncias feitas por meio dos canais da Secretaria de Estado da Segurança Pública (181) e da prefeitura de Curitiba (156) tem mudado a rotina dos investigadores da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que atende capital e região metropolitana. Entre fevereiro e o início de outubro deste ano, a especializada da Polícia Civil já resgatou cerca de 700 animais silvestres e animais de estimação vítimas de maus-tratos e prendeu aproximadamente 110 infratores - incluindo o agressor de um cachorro na última quarta-feira (9), flagrado despejando o animal ainda vivo na rua depois dentro de um saco.
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Ainda que não tenha um levantamento oficial comparativo, a DPMA estima que a quantidade de apreensões feitas em anos anteriores não chega a 10% do registrado até aqui. À frente da delegacia desde o fim de janeiro, o delegado Matheus Laiola justifica que a nova dinâmica da unidade é consequência de uma expansão das bases de investigação. Somente em agosto a DPMA resgatou 144 cães mantidos em condições precárias, alguns sobrevivendo à base de comida podre.
A explicação da explosão de casos é que antes a demanda era composta apenas por Boletins de Ocorrência (BOs) feitos a partir de denúncias feitas na própria delegacia - uma média de 5 por dia. Com a iniciativa de incluir nas apurações situações relatadas nos canais do governo e da prefeitura de Curitiba, o volume aumentou.
"Quando comecei a verificar as denúncias do 181 e do 156, passei a trabalhar muito mais”, admite o delegado, que antes já tinha passado pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), unidade de inteligência da Polícia Civil, e pela Delegacia de Furtos e Roubos (DRF), onde a média diária é de 130 BOs por dia.
Apesar de ter feito a prisão de 110 pessoas por crimes ambientais nos últimos meses, Laiola avalia que a legislação ambiental é branda demais. Como exemplo, ele cita um cão da raça pug agredido em que o tutor foi levado para a delegacia e solto no mesmo dia. Em relação a crimes ambientais, a grande parte das penas se limita a um ano de prisão e acaba sendo convertida pelos juízes em medidas restritivas, multas e prestação de serviços comunitários. “Por isso a gente tenta trabalhar com o maior rigor da lei, tenta mexer no bolso das pessoas com multas altas”, explica o delegado.
Nova sede
Depois de 21 anos, a DPMA vai mudar de endereço. Sairá da Avenida Erasto Gaertner, no bairro Bacacheri, para um imóvel dentro do Parque Barreirinha, também na capital.
Essa foi uma das primeiras medidas que Laiola tomou ao assumir a especializada. "Entra água pelo telhado quando chove. O piso está soltando, entre vários outros problemas. Essa casa está alugada para a DPMA há 21 anos. Então solicitei que o proprietário providenciasse os devidos reparos. Como ele não se mostrou muito atencioso ao pedido, fui atrás de outro imóvel”, explica.
A economia aos cofres públicos com o novo aluguel, que vai custar R$ 6 mil por mês, será de R$ 72 mil por ano.
Denúncias à DPMA podem ser feitas diretamente na sede da delegacia, bem como pelo telefone 3251-6200, além da Central 156 da prefeitura de Curitiba e do 181 Disk Denúncia do governo do estado.
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