| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Os responsáveis pelo planejamento e pela execução dos roubos de celulares em shoppings e supermercados de Curitiba tinham como principal estratégia para a realização dos crimes a cooptação de adolescentes. A informação é da Polícia Civil, que prendeu cinco homens nesta terça-feira (2) durante a Operação Blackout. Esses são considerados os líderes do grupo criminoso

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“A investigação mostrou que existia um recrutamento preferencial para menores de idade comporem essa atividade criminosa até pela facilidade de retorno dos mesmos à rua”, explicou o secretário de Estado da Segurança Pública Wagner Mesquita. Um desses adolescentes seria o responsável pelos tiros que atingiram o segurança do shopping Palladium durante o assalto que ocorreu em 4 de abril.

Conforme o delegado responsável pela operação, Emmanuel David, aproximadamente 15 adolescentes envolvidos com os crimes foram apreendidos pela operação, que contou com a parceria com a Delegacia da Criança e do Adolescente.

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Operação

Além dos cinco presos e dos adolescentes apreendidos, a Polícia Civil apreendeu celulares, computadores e tablets que haviam sido roubados e que totalizam um valor superior a R$ 100 mil. Parte dos produtos foi encontrada com oito dos 40 receptadores de produtos roubados conduzidos coercitivamente para depor na delegacia de furtos e roubos nesta terça-feira. Eles foram autuados e liberados após pagamento de fiança em valor equivalente ao dos produtos com que foram encontrados.

De acordo com o delegado responsável pela operação, entre os receptadores conduzidos coercitivamente durante a operação estavam pessoas físicas e jurídicas que sabiam ou não que os bens eram roubados.

Uma senhora, que preferiu não se identificar, foi uma das intimadas a depor. “Eu tinha um iPhone e ele estragou e fui levar nessa loja porque ela também tinha assistência técnica. Eles disseram que não tinha conserto, então eu vi esse celular na loja, daí saí, vi um [em outro loja], mas eu queria aquele”, contou. A senhora pagou R$3,9 mil no celular e descobriu que ele era roubado quando a Polícia bateu à sua porta.

A identificação da mulher - assim como dos outros receptadores e até dos envolvidos nos crimes - foi feita a partir do número de série dos celulares (IMEI) combinados com o CPF ou nome usados para ativar os chips que estavam sendo usados nos aparelhos. “Alguns dos envolvidos estavam dando aparelhos para os parentes e habilitando [os chips] no nome dos parentes”, contou o delegado Emmanuel David.

Conforme o secretário de segurança pública, a utilização dos IMEIs para bloqueio e consequente inutilização de celulares roubados poderá ser feita em todo o país, pois a Anatel, agência reguladora que detém esses números, possibilitou que as polícias acessem seu banco de dados a partir desta terça-feira. Por isso, em caso de roubo de celular, é importante que seja feito um boletim de ocorrência.

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