Curitiba tem uma fábrica especializada na produção de placas de trânsito. O espaço fica no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e é gerenciado pela Superintendência Municipal de Trânsito (Setran). Cada placa de trânsito instalada nas ruas da capital paranaense custa aproximadamente R$ 500 e aquelas que são danificadas – ou seja, pichadas, quebradas e até roubadas - geram custo médio de R$ 800.
VÍDEO: Conheça a fábrica de placas de Curitiba
Ao todo, são preparadas na unidade quase 10 mil placas novas por ano e outras 2 mil são recuperadas ali. O espaço funciona desde maio de 1996 e possui atualmente 29 funcionários responsáveis pela produção, manutenção e implantação das placas em toda a cidade.
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De acordo com o gerente Edeval de Sales, a quantidade de itens produzidos diariamente varia de acordo com a demanda, e os curitibanos tem papel importante nisso. “Se a população liga para o telefone 156 e faz um pedido ou uma denúncia referente à sinalização, o caso é analisado pelos engenheiros de trânsito e acaba chegando aqui”, explicou. Além disso, sempre que a prefeitura realiza alguma mudança no trânsito da cidade, a fábrica também é acionada. “Isso ocorre na implantação de um binário ou na alteração do sentido de uma via, por exemplo”, explicou.
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Assim que é acionada, a fábrica adquire chapas de aço galvanizado – que têm uma camada protetora para evitar a corrosão - e realiza o recorte delas no tamanho exigido pela legislação. “As que têm formato quadrado são cortadas aqui mesmo, mas aquelas em formato octogonal, triangular ou circular nós já compramos nesses formatos para evitar perda de material”, afirmou.
Com o material recortado em mãos, funcionários da fábrica são designados para lixar cada uma das chapas, que seguirão para a fase de acabamento. “Elas, então, recebem a pintura de fundo e são colocadas na máquina de serigrafia, onde uma tela é usada para imprimir aquelas faixas que ficam na borda das placas”, explica Sales.
Com as faixas impressas, ele informa que os itens seguem para outra sala da fábrica, onde uma máquina corta os textos de proibição, informação ou indicação que são colados nas placas. O trabalho de aplicação é manual e precisa de funcionários para colar, com cuidado, cada adesivo. “Daqui, ela é levada até a área de montagem, onde é fixada a um poste de aço com cerca de dois metros de altura antes de ser carregada no caminhão e levada para as ruas de Curitiba”.
Reciclagem
O processo é semelhante para as placas recuperadas no local. Segundo o gerente, os itens que chegam danificados por atos de vandalismo ou acidentes são avaliados e, se não estiverem amassados ou quebrados, podem ser lixados e pintados novamente. “O mesmo ocorre com os tubos de aço dessas placas, que são cortados para serem usados novamente”.
O custo para esse trabalho de reciclagem é de aproximadamente R$ 300. “Como a placa precisa passar por todo o processo usado para produção de uma nova, o prejuízo é bem grande”, destacou o gerente. Segundo ele, o gasto médio mensal com atos de vandalismo na sinalização de trânsito gira em torno de R$ 15 mil, ou seja, R$ 180 mil anualmente.
Por isso, a Setran solicita o apoio da população no cuidado com as placas da cidade. Denúncias a respeito de atos de vandalismo podem ser informadas pelo telefone 156, canal oficial da prefeitura de Curitiba.
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