Saiba quais os trechos das rodovias do Paraná com maior número de acidentes

Alguns trechos das rodovias do Paraná chamam a atenção pelo grande número de acidentes e a frequência com que acontecem. Apenas nas proximidades da Curva da Santa, na BR-376, em Guaratuba, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 61 colisões entre janeiro e novembro de 2017, sendo 38 no quilômetro 666 e outros 23 no 668. Ao todo, quatro pessoas morreram e 22 ficaram feridas.

Segundo a PRF, esse é o trecho que lidera o ranking de acidentes. Ele fica localizado na Serra do Mar e a maioria das colisões é causada pela falta de revisão dos caminhões que trafegavam no local. “Muitos motoristas não têm experiência, carregam mais peso do que a carreta suporta ou não estão com a mecânica do veículo em dia”, informou. Além disso, alguns motoristas de carros de passeio que utilizam a rodovia também excedem a velocidade máxima permitida , que é de 60 km/h.

A recomendação da corporação para quem trafega ali é que haja prudência ao dirigir e que, antes de viajar, o condutor sempre verifique as condições mecânicas do veículo. “Afinal, não é o ponto da rodovia que é o mais crítico, mas a condução de alguns motoristas”, destaca a PRF.

BR-116, km 115 a 117

O segundo trecho paranaense no ranking de acidentes fica entre os quilômetros 115 e 117 da BR-116, onde foram registrados o total de 60 acidentes com duas mortes e 51 feridos. Dessas colisões, a maioria ocorreu no quilômetro 116, utilizada pelos motoristas que acessam a rodovia pelo Contorno Leste, em Curitiba.

De acordo com a concessionária Planalto Sul, responsável pelo trecho, obras têm sido realizadas na rodovia para melhorar a fluidez do trânsito e garantir mais segurança aos usuários. Além disso, a empresa implantou indicadores de velocidade no Km 117 - onde existe o retorno para o sentido Norte (Curitiba) - com o objetivo de induzir o motorista a reduzir a velocidade para 60 km/h e evitar novos acidentes.

BR-277, km 83

Na BR-277, o maior número de acidentes foi registrado no quilômetro 83, em frente ao Shopping Jardim das Américas, no bairro Cajuru, em Curitiba. No local, ocorreram 24 colisões com 17 feridos.

Segundo a PRF, os acidentes registrados em perímetros urbanos como esse costumam ter menor gravidade, já que são, em sua grande maioria, apenas colisões traseiras. Também há registros de atropelamentos no local, já que muitos pedestres atravessam pela rodovia.

A Ecovia, empresa responsável pelo trecho, afirma que há várias placas de trânsito informando a respeito da velocidade máxima permitida no local. “O motorista deve sempre andar na velocidade limite para que, caso seja necessário, consiga frear sem derrapar ou colidir. Além disso, tem que manter uma distância segura do veículo à frente”, orientou, em nota.

BR-116, km 15

O quilômetro 15 da BR-116, em Campina Grande do Sul, também está entre os pontos com maior número de acidentes no Paraná. De janeiro a novembro de 2017, foram registrados 23 acidentes no local com 14 feridos. O trecho está localizado na área urbana e apresenta uma curva acentuada.

Segundo a concessionária Autopista Régis Bittencourt, responsável pelo local, a maioria dos acidentes ocorre quando a pista está molhada. Por isso, na tentativa de minimizar as ocorrências causadas por excesso de velocidade, a empresa realiza a supressão de uma faixa no local quando o tempo está chuvoso. Além disso, procura melhorar a sinalização vertical, horizontal e no pavimento.

Outros trechos

Na BR-476, o trecho com maior número de acidentes é o quilômetro 124, na Linha Verde, onde ocorreram 23 colisões com 21 pessoas feridas. Já na BR-376 - onde também está a Curva da Santa - o quilômetro 651, em Tijucas do Sul, preocupa os usuários. No local, a PRF atendeu 21 acidentes com 12 feridos.

Diante da situação, a Autopista Litoral Sul instalou nesse trecho novos dispositivos de controle de velocidade, revitalizou a sinalização viária horizontal e vertical existente e afirma estar investindo R$ 5,2 milhões para iluminação total da Serra da BR-376, entre Tijucas do Sul e Guaratuba. A conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2018.