Entre as medidas adotadas pela Sanepar para mitigar os impactos da estiagem no Paraná está a antecipação da obra de transposição de água do Rio Capivari em Colombo, até a Barragem do Iraí, no Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC). Originalmente, esse projeto, o principal na tentativa de contornar a estiagem, estava previsto para 2025.
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Dentre todas as obras de captação de água executadas pela companhia para mitigar os efeitos da estiagem, esta é a que vai garantir maior volume de água ao sistema de abastecimento, totalizando um ganho de até 700 litros de água por segundo. Além disso, a estrutura será incorporada de forma permanente ao sistema de abastecimento da RMC, como uma forma de diminuir ou até prevenir o impacto de secas futuras.
A obra, que tinha conclusão prevista para o fim de setembro, de acordo com o novo planejamento emergencial, está atrasada. O projeto estava com a fase pré-operacional quase concluída até o fim da última semana de setembro, mas foi preciso verificar como o canal de escoamento do Rio Timbu - por onde a água passa até chegar à Barragem do Iraí - se comporta no processo e realizar uma avaliação dos motores. Por causa disso, a construção ainda está recebendo ajustes.
Para ser levada de uma bacia a outra, a água percorrerá um trajeto de 26,7 km, por meio de uma estrutura que a capta e a bombeia. Desta forma, ela será levada pela tubulação até o Rio Timbu, para então, seguir seu percurso natural e chegar à Barragem do Iraí, e ser tratada nas estações do Iraí e do Iguaçu.
Além do percurso linear, a água precisa percorrer uma altitude de 122 metros, onde está o Morro da Roseira e, para isso, uma estação elevatória foi construída com quatro motores com potência de 850 hp cada.
A obra incluiu a construção de um canal de entrada e a barragem de nível no Rio Capivari, que vai funcionar com três bombas com potência de 117 hp cada, além dos 10 km de tubulação para levar a água. Um dos trechos ganhou um túnel com extensão de 57 metros para fazer a travessia da tubulação sob a Estrada da Ribeira (BR-476), a partir de uma tecnologia não destrutiva.
Após a fase emergencial, a Sanepar vai construir uma estação para tratar a água do Capivari, o que significa que, no futuro, as adutoras implantadas levarão água tratada e serão conectadas ao reservatório Monte Castelo, já existente, e ao futuro reservatório Roseira.
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