Prefeito Rafael Greca alou sobre a extensão do Ligeirão até o Capão Raso durante a entrega de novos biarticulados| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A extensão do trajeto da linha Ligeirão Norte-Sul até o Terminal do Capão Raso, anunciada pela prefeitura de Curitiba para este mês de março, está sem data para acontecer. Inicialmente, o prefeito Rafael Greca (PMN) prometeu a obra de alargamento da Avenida República Argentina para a ultrapassagem dos biarticulados ainda em 2018. Depois, a prefeitura de Curitiba mudou o cronograma para março de 2019, quando a cidade completa 326 anos no próximo dia 29. Desde que foi inaugurada há um ano, a linha sai do Terminal Santa Cândida e vai somente até a Praça do Japão, no bairro Batel.

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Na entrega de seis novos biarticulados que vão operar justamente nesta linha na manhã desta quarta-feira (13), Greca culpou o governo federal pelo atraso na obra. “Estou esperando o governo federal começar a funcionar. O dinheiro está previsto, está garantido na Caixa Econômica Federal, mas eu preciso que o Ministério das Cidades me libere a verba. Na hora em que Brasília disser ‘sim’, Curitiba começa a trabalhar”, declarou o prefeito na manhã desta quarta no evento de entrega dos seis ônibus na Câmara de Vereadores. Estes são os primeiros biarticulados produzidos pela empresa sueca Scania que circularão no Brasil.

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Novos biarticulados que passam a rodar em Curitiba nesta quarta-feira. 

A extensão até o Capão Raso corresponde à segunda etapa de implantação do Ligeirão Norte-Sul, ligando os terminais do Santa Cândida e do Capão Raso. Neste trecho, as paradas estão previstas para os pontos de maior fluxo de passageiros — as estações Petit Carneiro, Sebastião Paraná, Vital Brasil e Hospital do Trabalhador.

Para isso, contudo, cinco estações-tubo devem ser desalinhadas:Silva Jardim, Dom Pedro I, Morretes, Carlos Dietzsch e Itajubá. Além disso, uma estação tem de ser desativada, a Herculano de Araújo, a última antes de chegar no terminal do Capão Raso.

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“Finjo que Brasília não existe”

Caso a verba não seja liberada logo, o prefeito alega ter um plano B. “Se Brasília não funcionar, eu já tenho um projeto acertado no Banco Interamericano de Desenvolvimento de 600 milhões de dólares. Eu vou para Washington buscar o dinheiro e faço como fiz no meu outro governo: finjo que Brasília não existe”, rebateu o prefeito.

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Enquanto aguarda para saber se o plano B será necessário, Greca admite que o trecho precisa de obras paliativas, devido à deterioração do asfalto. “A canaleta está muito ruim, porque o calor desse ano levantou o asfalto e fez calombos muitos feios. Então, vamos ter que agir paliativamente”, disse.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]