A revitalização da Rua Trajano Reis, no bairro São Francisco, em Curitiba, tem ao menos um efeito colateral indesejável. Com a retirada das lixeiras da rua, o lixo tem se acumulado sobre as calçadas e se espalhado pelo local. Sem ter onde acondicionar o que é descartado, a população tem usado postes e canteiros da rua para deixar todo tipo de lixo, desde copos e garrafas até sacos plásticos.
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Porteiro de um edifício que fica na rua, Ângelo Eugenio Kulczynski relata que o problema é frequente no local. “Tem as pessoas dos bares, que jogam tudo na rua, chutam sacos, abrem e deixam as coisas esparramadas por aí. É comum”.
Funcionário do condomínio há cerca de um ano e meio, Kulczynski afirma que não há orientação sobre o que deve ser feito com o lixo no período em que as lixeiras não estão disponíveis.
O porteiro cobra da vizinhança que esteja atenta ao horário de coleta, o que evita que o lixo permaneça na rua por muito tempo, mas afirma que não há o que fazer com os detritos produzidos pelos frequentadores das casas noturnas da área. “Tiraram tudo [lixeiras], mas no nosso prédio colocamos o lixo em torno das 18h30, hora que o caminhão passa, então não temos muito problema com isso”.
Sem alternativa
Apesar de mostrarem satisfação com o andamento da obra, e com seus resultados, comerciantes e moradores do local reclamam da demora para recolocar as lixeiras, o que obriga as pessoas a deixarem seus resíduos na calçada.
Sócio de um comércio de alimentos, Ronan Andrade Santiago diz que os transtornos estão relacionados somente com a obra, e acredita que as coisas ficarão melhores quando a revitalização acabar. O comerciante, porém, alerta que a coleta de lixo é falha. Ele, inclusive, já reclamou com a prefeitura e afirma que nada foi feito. “O que acontece é a questão da coleta de lixo. Pelo menos uma vez por semana falha, daí fica o lixo e as pessoas abrem pegar lata, restos de comida, e não amarram, deixam tudo destruído”.
Santiago tem opinião comum a Kulczynski e cobra orientação aos moradores e trabalhadores da região. “Se jogar lixo, leva multa, não pode. Mas não vejo ninguém fazer um trabalho preventivo, não vejo nenhuma orientação nesse sentido”.
Segundo a prefeitura de Curitiba, a colocação das lixeiras públicas está programada para a última fase da obra, assim que toda a construção e revitalização estiver feita. As lixeiras públicas serão colocadas na etapa que envolve a inserção de lixeiras e também a instalação da iluminação secundária e dos bancos de madeira. É a fase de ‘acabamento’. A justificativa é de que está sendo postergada para evitar avarias decorrentes da obra, e também a depredação do mobiliário urbano.
Já no caso das lixeiras prediais, a administração municipal orienta que é contra as normas de urbanização a sua colocação sobre o passeio. Elas precisam ser instaladas dentro da área predial e são de responsabilidade dos respectivos imóveis.
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