Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Curitiba começaram a semana com parte dos servidores em greve. A paralisação, que também atinge o Hospital do Idoso Zilda Arns e a Maternidade Bairro Novo, todos da capital, envolve enfermeiros, equipes administrativas e técnicos de enfermagem vinculados à Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes), informou o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Servidores de Saúde de Curitiba (Sindesc). Médicos continuam a trabalhar normalmente.
A paralisação teve início por volta das 6h30 desta segunda-feira (10), com trabalhadores reunidos em frente ao Hospital do Idoso, no Pinheirinho. A previsão é que a greve se estenda, no mínimo, até a manhã da próxima terça-feira, quando uma assembleia será realizada. De acordo com o Sindesc, a greve deve se manter os percentuais de 50% dos servidores trabalhando, conforme determinado pela Justiça. Ao todo, são cerca de mil funcionários que atuam na fundação.
De acordo com a prefeitura, a Feaes informou que não houve adesão de seus funcionários à greve do Sindesc nas unidades em que atua - UPAs, Maternidade Bairro Novo e Caps. Por meio de nota, a fundação afirma que apenas 23 servidores em dois postos de internação do Hospital do Idoso Zilda Arns, “o que corresponde a 2,9 % dos 800 funcionários” ligados ao sindicato.
A Feaes considera a greve abusiva, pois já teria havido acordo coletivo e os funcionários já receberam aumento. “Tais demandas legalmente não são viáveis e onerariam os cofres públicos, impossibilitando a continuidade dos serviços”, afirma na nota.
Acordo
A categoria participou de uma audiência às 14 horas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na tentativa de chegar a um acordo para o fim da greve. De acordo com o advogado do Sindesc, Joelcio Niels, a Feaes não apresentou a proposta de reajuste salarial de 10% exigido pelos servidores e nem a diminuição de jornada para 30 horas semanais. Além disso, a fundação propôs a apresentação de um plano de cargos e salários. “Uma nova assembleia vai acontecer com os trabalhadores amanhã, às 9h. Se eles aceitarem essa proposta, retornam ao trabalho sem desconto nos dias parados. Caso contrário, a greve continua”, explica.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Sindesc afirma ainda que a tendência é que a adesão à paralisação seja maior nesta terça-feira (11), mas que as interrupções dos trabalhos devem se estender apenas aos centros já afetados neste primeiro dia de greve, ou seja, UPAs, Caps, o Hospital do Idoso e a Maternidade Bairro Novo.
Os trabalhadores em greve são vinculados à Feaes, criada em 2010 para desenvolver ações e serviços de saúde ambulatorial especializada, hospitalar, apoio diagnóstico e de ensino e pesquisa. Eles reivindicam um acordo à parte dos demais trabalhadores municipais da saúde porque afirmam que a Feaes tem características públicas específicas. Além de 10% de aumento real, eles pedem também, entre outros benefícios, auxílio alimentação de R$ 630,00 mensais e incluído no 13º salário, e jornada de trabalho de 30 horas semanais a todos os trabalhadores.
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