Teve início nesta quarta-feira (31) o segundo dia de julgamento de Athayde de Oliveira Neto, um dos organizadores de um show no Jockey Club, no bairro Tarumã, em Curitiba, que deixou três adolescentes mortos, em maio de 2003. As vítimas morreram após serem pisoteadas. A previsão é que a sentença do júri popular de Neto saia ainda nesta quarta.
De acordo com Claudio Dalledone Junior, advogado do réu, na terça-feira (30), foram ouvidas testemunhas indicadas pela acusação e pela defesa. Além disso, o acusado passou por um interrogatório que durou três horas. Essa etapa teria finalizado por volta da 1 hora desta quarta, quando foi determinado que a sessão fosse retomada no dia seguinte. A partir das 10h desta quarta, teve início a segunda parte do julgamento, que inclui debates entre a acusação e defesa e, ao final, a votação dos jurados em uma sala secreta.
O julgamento acontece na 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri (TJ-PR), no Centro Cívico de Curitiba. Na acusação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o réu teria vendido mais ingressos do que a capacidade do espaço, visando o lucro, e por isso deveria ser condenado por homicídio com dolo eventual com motivação torpe. A pena, caso haja a condenação, é de, no mínimo, 12 anos de prisão para cada uma das três mortes. Por enquanto, Athayde Neto responde em liberdade.
Segundo o MP-PR, o festival “Unidos Pela Paz”, que reunia as bandas Raimundos, Natiruts, Tihuana e Charlie Brown Jr, foi realizado sem alvará dos bombeiros e da prefeitura de Curitiba. O órgão também alega que a organização teria cometido falhas de segurança.
Athayde Neto era um dos sócios da promotora de eventos responsável pela organização do festival. Ao todo, 40 pessoas ficaram feridas, sendo 12 em estado grave, na fila para a entrada do show. A confusão ocorreu logo após o início da apresentação da banda Raimundos, por volta das 22 horas. Uma adolescente de 14 e outros dois de 15 anos morreram no local.
Colaborou: Cecília Tümler
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