Sete pinguins que estavam em processo de reabilitação no Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (CEM-UFPR) foram devolvidos ao mar sexta-feira (30) na praia de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná. Os animais, da espécie pinguim-de-magalhães, estavam sob os cuidados dos biólogos do CEM-UFPR após serem encontrados debilitados.
Durante o inverno, é comuns pinguins chegarem ao litoral do Paraná. Quando saem de suas colônias na Patagônia argentina em busca de alimento, acabam trazidos pelas correntes marítimas à orla que vai do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.
Durante este longo trajeto, os pinguins ficam debilitados e grande parte acaba encalhada nas praias brasileiras. Estima-se que 350 pinguins-de-magalhães tenham sido encontrados mortos no litoral do Paraná só no mês de setembro. Os que sobrevivem geralmente são encontrados magros, desidratados, com frio (hipotermia), doentes e com ferimentos. Quadro que exige atenção especial da equipe do CEM-UFPR.
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Na reabilitação, os pinguins são hidratados e recebem comida especial, feita de papa de peixe, já que mal conseguem se alimentar. As aves doentes ou feridas recebem o devido tratamento, com medicação prescrita por um médico veterinário. Assim que são estabilizados, os pinguins vão para as áreas externas do centro de reabilitação do CEM-UFPR.
Quando conseguem se alimentar sozinhos novamente com peixes, os pinguins são soltos. Mas antes da soltura todos passam por exame clínico, uma espécie de alta do tratamento. Eles também recebem microchips para que sejam acompanhados caso retornem ao litoral paranaense ou sejam encontrados por outras equipes de preservação ambiental.
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No total, cerca de 40 profissionais do CEM-UFPR, entre biólogos, médicos veterinários e oceanógrafos participam da reabilitação dos animais. Todo esse atendimento faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), grupo do qual o CEM-UFPR faz parte na avaliação de possíveis impactos da produção petrolífera em animais marinhos.
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