A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (15) mais um suspeito de envolvimento na morte do jogador Daniel Corrêa Freitas. Eduardo Purkote Chiuratto, de 18 anos, foi preso em casa e ficará detido na Delegacia de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Purkote foi um dos suspeitos que o assassino confesso de Daniel, o empresário Edison Brittes Jr, 38 anos, tentou preservar na primeira versão apresentada do crime. Tanto à polícia, quanto em entrevista à RPC TV, o assassino afirmou que ele mesmo havia arrombado a porta do quarto onde estavam o atleta e a esposa dele Edison, Cristiana Brites, 35 anos, que mantém a versão de que o jogador teria tentado estuprá-la. Depois, mudou de versão, alegando que quem realmente arrombou a porta foi Purkote. A primeira versão foi apresentada, segundo o advogado de Brittes, Claudio Dalledone, para preservar o jovem, enteado de um político influente de São José dos Pinhais, o ex-vice-prefeito Jairo Melo
LEIA TAMBÉM: Edison Brittes mandou convidados limparem manchas de sangue de Daniel, diz testemunha
A investigação aponta que além de arrombar a porta do quarto, Purkote teria participado da agressão a Daniel e quebrado o celular do jogador. O jovem também participou da conversa entre a família Brittes e mais uma testemunha em um shopping de São José dos Pinhais em que o grupo combinaria a versão que iria ser apresentada à polícia. Purkote também é investigado se foi ele quem entregou a Edison a faca que matou Daniel.
A previsão é de Purkote preste depoimento segunda-feira (19). Seguem presos além de Edison, Cristiana , a filha do casal, Allana Brittes, e Purkote os também investigados Eduardo da Silva, 19, Ygor King, 18, e David Willian, 19.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do suspeito. Ao portal G1, o advogado de Eduardo, Ricardo Dêves, afirmou que a prisão não tem fundamento, já que Purkote “sempre esteve à disposição das autoridades”. Ainda segundo a defesa, as declarações das testemunhas envolvendo o suspeito “são mentirosas, já que Eduardo é inocente”.
LEIA MAIS: As lições do ‘caso Daniel’ sobre a Justiça brasileira
Relembre o caso
O corpo do jogador foi encontrado na manhã do dia 27 de outubro com sinais de tortura. A vítima tinha o pescoço quase degolado e o pênis decepado. Daniel veio a Curitiba para a festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edilson Brittes Jr, no dia 26 de outubro. Após participar da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, o jogador foi para outra festa, na casa de Edison, dono de um mercado em São José dos Pinhais.
À polícia, o empresário admitiu ter matado o jogador após tê-lo flagrado tentando estuprar sua esposa - versão questionada pela investigação. Daniel foi espancado na casa da família e levado para um matagal no porta-malas do carro de Edison. Segundo o empresário, ele decidiu matar o atleta com uma faca que tinha no carro. Entretanto, a polícia investiga se ele não pegou a faca de dentro de casa.
Daniel chegou a enviar via Whatsapp a um amigo imagens dele ao lado da esposa de Edison na cama do casal, o que teria levado o empresário a cometer o assassinato. Nas fotos, Cristiana dorme enquanto o jogador faz caretas.
Antes de ser preso, Edison chegou a ligar para a família e amigos de Daniel para prestar solidariedade. Allana também trocou mensagens com uma parente de Daniel afirmando que não houve briga na casa da família e que o jogador foi embora sozinho na noite do assassinato.
Daniel teve passagem apagada pelo Coritiba em 2017, prejudicada por lesões. Natural da cidade de Juiz de Fora (MG), teve também passagens por Cruzeiro, Botafogo, São Paulo, Ponte Preta e estava atualmente no São Bento de Sorocaba (SP). O corpo do jogador foi enterrado no dia 31 de outubro na cidade de Conselheiro Lafaiete, também em Minas Gerais.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares