O Shopping Hauer, localizado no bairro Batel, em Curitiba, vai dar lugar a um centro médico, o Eco Medical Center. O empreendimento, que deve ocupar cerca de metade do que hoje é o centro gastronômico, vai reunir num mesmo espaço vários serviços voltados à saúde, como consultórios e laboratórios. “Esta será a unidade 2 e vamos seguir o mesmo conceito da unidade 1 que estamos em fase final de construção no bairro Água Verde”, disse Patrick Gil, CEO do grupo.
Segundo ele, o grande diferencial é a garantia de uma ampla diversidade de especialidades ofertadas num mesmo lugar. “Isso será possível porque os espaços não serão vendidos, mas locados, havendo o controle da ocupação”, afirmou. A intenção é que o centro seja inaugurado no fim de 2023.
“É um conceito novo, que foca na saúde e na comodidade do paciente”, explica o CEO. De acordo com ele, a intenção é que as pessoas encontrem o máximo de serviços médicos num único espaço, desde a consulta, exames básicos e sofisticados até pequenas intervenções cirúrgicas. Outra vantagem é a concentração de todo o histórico médico do paciente digitalizado e a possibilidade de conexão entre os especialistas que o atendem. O Centro Médico terá também espaços de alimentação e lazer, entre eles o espaço kids.
Gil informa que o grupo já tem planos de investir em empreendimentos semelhantes em outras cidades do Paraná, entre elas Maringá, Londrina e Cascavel e também no estado de Santa Catarina, em Florianópolis e Joinville. “Queremos ter 12 unidades no Brasil nos próximos cinco anos”, conta.
Negociação do espaço
A construção de um complexo médico no local foi surpresa e gerou mal-estar entre donos de bares e restaurantes, já que parte do imóvel terá que ser desocupada, conforme informou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo. Segundo ele, a entidade colocou a sua assessoria jurídica à disposição dos comerciantes locais, caso seja necessário algum processo judicial para buscar indenizações.
Aguayo disse que dos 30 estabelecimentos (bares, lanchonetes e restaurantes) instalados no shopping, cerca de 15 terão que desocupar o imóvel, já que apenas uma parte foi vendida. "Os demais permanecem, bem como as lojas de outros setores instaladas na parte que pertence a outro proprietário, que não entrou no negócio", explicou o presidente da Abrabar. O CEO do Eco Medical Center, Patrick Gil, informou que o grupo não está envolvido nessas negociações. “Isso está sendo feito diretamente entre o proprietário do imóvel e os atuais locatários”.
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