Paralisação de ônibus que parou Curitiba por uma hora em julho: motoristas e cobradores querem mais segurança.| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

Uma assembleia de motoristas e cobradores de ônibus às 4h30 atrasou a saída de diversas linhas na manhã desta segunda-feira (4) em Curitiba. Na reunião, os trabalhadores debateram mobilizações para cobrar segurança no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana após o assassinato de um cobrador da linha Gramados na última sexta-feira (1º). Entre as ações, não estão descartadas paralisações como a que parou Curitiba por cerca de uma hora no dia 24 de julho - na ocasião, o protesto foi pela morte do motorista Edmilton José de Melo, 45 anos, assassinado no dia 23 de julho em Colombo durante um arrastão na linha Curitiba/Jardim Paulista.

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A assembleia foi com trabalhadores da empresa Sorriso, onde trabalhava o cobrador assassinado sexta-feira e que também é responsável por linhas como os expressos Santa Cândida-Capão Raso, Circular Sul e Boqueirão.  

O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, disse que motoristas e cobradores de todas as empresas de ônibus da capital e região metropolitana serão ouvidos nos próximos dias – o que pode, novamente, gerar atrasos pontuais durante as manhãs. 

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Segundo o Sindimoc, os recorrentes casos de violência no sistema de transporte coletivo vêm gerando insegurança entre passageiros e trabalhadores. Por isso, a ideia é estabelecer um cronograma de mobilizações para todo o mês de setembro.

“Decidimos fazer reivindicações para chamar a atenção para essa questão de segurança pública. Só na semana passada tivemos três trabalhadores esfaqueados, um que foi agredido com bastão, o número de arrastões não para de aumentar. O trabalhador está com medo. Ele sai para trabalhar sem saber se volta para casa”, justifica o presidente do sindicato. 

O Sindimoc afirma que até o fim da manhã desta segunda já deve ter definido o cronograma de mobilizações que serão feitas durante o mês.