Como Curitiba lida com as “sobras” das vacinas contra a Covid-19?

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A chamada “xepa das vacinas” contra a Covid-19, uma forma de evitar o desperdício das doses que sobrariam após o expediente nos pontos de vacinação, continua sendo aproveitada em Curitiba. Além dos idosos que por quaisquer motivos não tomaram a primeira ou a segunda dose da vacina, os servidores municipais da Saúde agora estão fazendo busca ativa também por pacientes com comorbidades, em especial os portadores de deficiência física que vivem em institutos de longa permanência.

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Não existe uma regulamentação oficial sobre o uso das chamadas doses remanescentes, que são aquelas que ficam no frasco após o fim do horário da vacinação. Por isso não há uma lista de espera oficial e unificada para essa aplicação. Como a Secretaria Municipal de Saúde informou à reportagem da Gazeta do Povo, cada um dos distritos sanitários de Curitiba mantém seu próprio controle de quem poderia receber essas doses, que de outra forma seriam jogadas fora.

De acordo com a assessoria de comunicação da Saúde municipal, cada ponto de vacinação conta com uma coordenação própria. Essa coordenação vai adequando o ritmo de abertura de novos frascos de vacina conforme o horário de funcionamento do local e a quantidade de pessoas aguardando pela vacina. O processo de vacinação pode ser interrompido antes do horário previsto e os pacientes orientados a retornar ao local em outro dia caso a coordenação perceba que a quantidade de pessoas esperando seja insuficiente para a abertura de um novo frasco de vacina.

Já nos casos em que é impossível evitar a sobra de doses, os servidores buscam nessas listas de cada distrito sanitário os pacientes que estão aptos a receber a vacina. São priorizados os casos de pessoas com mobilidade reduzida, e por isso os servidores vão até esses pacientes fazer a vacinação sem que haja a necessidade de deslocamento. A secretaria alerta que não há como prever a quantidade de doses remanescentes disponíveis a cada dia, já que essa aplicação ocorre conforme a disponibilidade tanto de doses dos imunizantes quanto de pacientes aptos a serem vacinados.