O Corpo de Socorro em Montanha (Cosmo), grupo de voluntários que há mais de duas décadas ajuda na prevenção, busca e resgate na região da Serra do Mar, assinou um termo de cooperação técnica com o governo do Paraná para monitorar e auxiliar quem visitar o Parque do Pico Marumbi. A partir de agora, o grupo terá o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para agir na prevenção, ronda e primeiro atendimento aos visitantes.
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Com o termo, que funciona como uma parceria, o Cosmo terá o apoio do estado para compra de equipamentos como escadas, cordas, correntes e demais acessórios usados para montanhismo e escalada de quem vai ao Parque do Pico Marumbi. Antes, o grupo de socorristas, que conta com 49 voluntários, atuava com autorizações provisórias concedidas pelo IAP. Para o biólogo e presidente do Cosmo, Alexandre Lorenzetto, o principal benefício dessas permissões era que elas tinham um prazo de validade, o que limitava as ações do grupo. "Nossos planos são futuros. Não há como agir com termos temporários”.
Em 2015, o ex-governador do estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), permitiu que o termo fosse realizado, mas por dificuldades burocráticas, o IAP não deu andamento à questão e o Cosmo atuou até 2018 somente com autorizações temporárias. Com a troca de governo, os termos foram facilitados e a parceria foi enfim assinada. “Isso dá segurança jurídica para nós e também para o IAP. Há uma responsabilidade legal acertada entre nós agora”, explica Lorenzetto.
Pico Marumbi
Conhecido como um local perigoso entre os montanhista e escaladores, o Pico Marumbi necessita de um grupo de socorristas atuando somente nele. Há características do morro que o tornam conhecido por ser perigoso. “O Marumbi possui muitos espaços verticais, sendo mais íngreme e dificultando a subida e descida”, relata o biólogo. Segundo o IAP, as estações com maior movimentação são no outono e inverno, devido à baixa de chuvas.
Para controle, é obrigado que os visitantes preencham uma ficha de cadastro na entrada do parque. Assim, o IAP e o Cosmo orientam os visitantes conforme as informações preenchidas. Estão nos questionários perguntas como: placa do veículo, telefone para contato, quantas vezes visitou o morro, entre outras.
Justamente por ser considerado um local perigoso mesmo para montanhistas, a ação do Cosmo se torna tão importante. De acordo com o Grupo de Operações de Socorro Tático do Corpo de Bombeiros (Gost), o apoio oferecido pelo Cosmo ajuda principalmente no primeiro atendimento às vítimas, agilizando o socorro e minimizando os riscos de morte. “Nós atuamos em conjunto. Quando a ocorrência vem deles, nós fazemos com que trabalho seja poupado porque há informação correta de quais equipamentos são necessários para o atendimento da vítima” enfatiza o capitão e comandante do Gost, Daniel Lorenzetto.
Curso para voluntários
O Corpo de Socorro em Montanha (Cosmo) oferece um curso voluntário para quem deseja ser socorrista. O curso, que dura um ano, aborda termo teóricos e práticos. Ao finalizar as 170 horas curriculares, o aluno passa mais um ano acompanhando as operações dos socorristas no morro, servindo como auxiliar. As inscrições devem ser feitas pelo email contato@cosmo.org.br.
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