O mês de janeiro vai terminar com uma combinação incomum de eventos astronômicos. Na próxima quarta-feira (31), a Superlua volta a iluminar os céus e, desta vez, em conjunto com a chamada Lua Azul.
No entanto, apesar do nome, o satélite não vai mudar de cor nos próximos dias. Na verdade, esse é o título dado à segunda Lua Cheia que acontece em um único mês e que ganha esse nome por uma mera questão de diferenciação, como explica o diretor do Parque da Ciência, Anísio Lasievicz. Em janeiro, a primeira foi já no dia 2.
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O curioso é que as duas luas cheias de 2018 coincidiram com a Superlua, fenômeno que acontece quando a órbita do astro está muito próxima da Terra, dando a impressão de que ela está maior e mais brilhante no céu. “Essa combinação não é algo tão comum assim. Acontece, em média, a cada 15 ou 20 anos”, pontua Lasievicz.
Segundo ele, a estimativa é que o disco lunar pareça estar entre 10% e 14% maior do que o normal e com um brilho até 30% mais intenso. “O melhor momento para observar a superlua vai ser logo ao anoitecer, lá pelas 19h ou 20h”, afirma o especialista. Ainda assim, ele aponta que será possível visualizar o evento ao longo de toda a noite e madrugada.
Será visível em Curitiba?
Por outro lado, os curitibanos terão uma dificuldade extra para ver essa combinação de eventos na quarta-feira. De acordo com o meteorologista do Instituto Simepar, Samuel Braun, o tempo deve permanecer parcialmente encoberto, o que pode complicar os planos de quem pretende observar a lua. Segundo ele, a tendência de chuva é baixa, mas a nebulosidade ainda é uma incógnita.
“Devido à proximidade do oceano, Curitiba e o Litoral podem ter um aumento de nuvens durante a noite. A tendência é de que o anoitecer seja um pouco mais aberto, com a nebulosidade se intensificando com o avançar das horas”, diz. Assim, a recomendação meteorológica também é que a observação da Superlua aconteça já nas primeiras horas da noite.
Já em outras regiões do estado, a situação deve ser um pouco mais favorável. De acordo com Braun, o tempo deve ficar um pouco mais aberto em todo o interior do estado. A única exceção deve ficar na região Noroeste, próximo à fronteira com Paraguai e Mato Grosso do Sul, que deve ter chuva.
Lua de Sangue
Outro fenômeno que também acontece nesta quarta-feira é a chamada Lua de Sangue, resultado do eclipse lunar que faz com que o astro ganhe colorações avermelhada, já que ele passa pela Sombra da Terra. E se a combinação da Superlua com a Lua Azul já é incomum, a incidência desses dois fenômenos com a Lua de Sangue é ainda mais rara. “Leva, em média, 150 anos para termos uma conjunção desse tipo”, aponta o diretor do Parque da Ciência, Anísio Lasievicz.
No entanto, esse fenômeno vai ser um pouco mais restrito e só poderá ser visto em algumas regiões do planeta, mais especificamente na Ásia, Austrália e no oeste da América do Norte. “O eclipse vai acontecer perto do meio-dia no Brasil, com a lua abaixo da linha do horizonte. Assim, vai ser impossível ver por aqui”, explica Lasievicz.
Mas isso não é motivo para tristeza. Segundo o especialista, um novo eclipse lunar está previsto para o dia 27 de julho. “Nesse caso, vai ser possível ver aqui no Brasil — nem que seja o finalzinho dele”, diz.
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