O suspeito do assassinato de uma menina de seis anos em Umuarama, no Noroeste do Paraná, está detido em Curitiba. A confirmação da transferência foi feita pela Polícia Civil, que não informou para onde o homem foi levado por questões de segurança. Na noite de quarta-feira (27), a delegacia onde ele prestava interrogatório após ser preso foi alvo de uma revolta da população. A quebradeira terminou com ao menos sete carros e um caminhão incendiados e uma tentativa de invasão à unidade policial e ainda deu brecha para que os cerca de 260 detentos da delegacia começassem um motim.
O delegado-chefe de Umuarama, Osnildo Carneiro Lemes, disse que o responsável pela morte da menina tem uma ficha criminal extensa. Ele tem duas condenações por crimes semelhantes: por um estupro em 2008 e pelo feminicídio de uma jovem de 15 anos em 2010. “Se a nossa lei fosse mais rigorosa, essa história poderia ter sido evitada”, lamentou.
Segundo o delegado, a prisão do então suspeito ocorreu um dia depois de o desaparecimento da garota ser comunicado à polícia pelos familiares. Imagens de segurança de lojas e residências capturaram um carro transitando na região do provável desaparecimento da criança. “No final do dia, como todos já sabiam as características do carro, conseguimos localizar esse homem saindo de um estabelecimento comercial. Trouxemos ele para a delegacia. Ele negou, mas, aos poucos, fomos ganhando a confiança e ele foi contando”.
Ainda conforme Lemes, o interrogatório precisou ser interrompido por causa do tumulto que ser formou em frente à delegacia. Um vídeo transmitido ao vivo foi o que juntou cerca de mil pessoas no local onde, por volta da 1h30 da madrugada de quinta-feira, uma quebradeira terminou com ao menos sete carros e um caminhão incendiados e uma tentativa de invasão.
Por causa do tumulto – que também foi a brecha para o início de um motim entre os presos –, o criminoso terminou de ser ouvido na delegacia de outra cidade próxima. Ele acabou confessando o crime e levou a polícia até o local onde o corpo da garota foi enterrada – uma área rural na entrada do município de Xambrê.
Embora o laudo do Instituto Médico Legal ainda não esteja pronto, o delegado disse que já é possível afirmar que a menina foi violentada e morreu por asfixia mecânica.
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