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Daniel foi encontrado morto no último sábado | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Daniel foi encontrado morto no último sábado| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O homem suspeito de matar o ex-jogador do Coritiba Daniel foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (1°). O suspeito, o empresário Edison Brittes Junior, de 38 anos, foi encontrado em casa em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e levado àdelegacia da cidade. O corpo de Daniel Corrêia de Freitas, de 24 anos e passagem curta pelo Coxa em 2017, foi encontrado morto sábado (27) na área rural de São José dos Pinhais com sinais de tortura, com o pescoço quase decepado e sem o pênis. A esposa e a filha do suspeito de matar Daniel também foram presas. Todas as prisões são em caráter temporário.

Em entrevista ao telejornal Meio-Dia Paraná, na RPC TV, Brittes admitiu ter matado Daniel. Ele afirma que cometeu o crime porque, segundo ele, o jogador teria tentado estuprar sua esposa. “Escutei gritos de socorro do quarto, que estava trancado. Arrebentei a porta e me deparei com o Daniel em cima da minha mulher, tentando estuprá-la”, disse o suspeito na entrevista.

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Depois disso, o empresário teria agredido o jogador no quarto por cerca de cinco minutos. Brittes afirma que não sabe se Daniel desmaiou enquanto o agredia. Na sequência, ele levou o jogador para seu carro, conduzindo-o para o matagal onde foi encontrado com sinais de tortura. “Não sei se ele estava acordado ou se só fechou o olho. Mas estava vivo [ao entrar no carro], relatou o empresário ao telejornal.

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Brittes diz que três pessoas tentaram persuadi-lo de levar Daniel para outro lugar. A faca usada no crime, segundo o suspeito, já estava no carro quando Daniel foi levado ao matagal. “É uma faca que levo no carro, pequena, que uso como ferramenta.Não sabia que iria fazer aquilo. Então olhei no carro e vi o que tinha na hora”, continua o empresário.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan, ainda não é possível confirmar se houve ou não uma tentativa de estupro — o que ainda via ser apurado pela polícia. “E mesmo que tenha havido uma tentativa de estupro, é preciso entender que a resposta dele foi totalmente desproporcional. Ele jamais podia ter agido dessa forma”, afirma. O delegado ainda confirmou que a vítima chegou a ser torturada e que tanto Brittes quanto sua esposa e filha foram presos para esclarecer o que realmente houve na casa na noite do crime.

Segundo o advogado que defende Brittes, Cláudio Dalledone, o suspeito colaborou com a polícia, indicando onde estava a faca. “Ele está colaborando. Contou todas as circunstâncias a respeito a essa tragédia”, comentou o advogado. Para ele, Brittes teria tido acesso a mensagens e fotos enviados por Daniel a amigos referindo-se à esposa dele com termos chulos. “Isso tirou o comerciante do sério”, alega o defensor.

Testemunha ouvida

Nesta quarta-feira (31), uma testemunha foi ouvida pelos policiais e teria inclusive confirmado a suspeita de crime passional. Daniel teria vindo a Curitiba para a festa de um amigo em uma boate no bairro Batel sexta-feira (26). Da balada, o jogador seguiu para casa do suspeito, em São José dos Pinhais. Uma testemunha teria visto o rapaz entrar num quarto. Logo depois, uma moça pediu socorro porque Daniel estaria sendo espancado por pelo menos quatro pessoas no quarto.

Conforme o relato da testemunha, que foi até a delegacia acompanhada de um advogado, o atleta teria se envolvido com a esposa do suspeito. O advogado explicou que não soube dizer se o rapaz estava tendo um relacionamento amoroso com a esposa do suspeito ou a violentado. Há relato de que Daniel teria sido visto saindo do apartamento às 8h de sábado (27).

Daniel teve uma passagem apagada pelo Coritiba em 2017, prejudicada por lesões. Natural da cidade de Juiz de Fora (MG), ele teve passagem por Cruzeiro, Botafogo, São Paulo, Coritiba, Ponte Preta e estava atualmente no São Bento (SP). O corpo do jogador foi enterrado quarta-feira (31) na cidade de Conselheiro Lafaiete, também em Minas Gerais.

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