O suspeito da morte da menina Rachel Genofre, Carlos Eduardo dos Santos, 54 anos, identificado quinta-feira (19) pela Polícia Civil 11 anos após a criança ser encontrada morta em uma mala na rodoviária de Curitiba, tem ficha criminal extensa. Preso por estelionato em Sorocaba (SP) desde 2017, onde cumpre pena de 22 anos, ele também é suspeito de mais cinco crimes sexuais, além do caso Rachel Genofre: atentado ao pudor em 1985, dois estupros em 1988 e mais dois em 2002. Um desses crimes, assim como no caso de Curitiba, também seria referente a crime sexual infantil.
O advogado da família de Rachel, Daniel da Costa Gaspar, diz que pouco ainda se sabe do suspeito. “O que a gente sabe é que ele morou em Criciúma, cidades do Rio Grande do Sul e interior de São Paulo”, explica Gaspar.
O primeiro caso de atentado ao pudor foi em 1985, contra um garoto em Sorocaba. Em 2002, o suspeito teria cometido dois estupros em São Vicente (SP). Gaspar não soube informar se Santos cumpre pena referente aos crimes sexuais ou pelos casos de estelionato. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do estado de São Paulo, Carlos Eduardo dos Santos foi condenado ou responde pelos crimes de furto, roubo, estelionato, falsificação de documentos, além de atentado violento ao pudor e estupro.
No ano da morte da Rachel, em 2008, o homem morava em São José dos Pinhais, na região metropolitana. Segundo a Polícia Civil, ele não tinha nenhum vínculo com a menina, mas usava o mesmo caminho que a menina fazia para ir até a escola.
A preocupação do advogado da família agora é que ele seja denunciado o mais breve possível pelo assassinato da garota. “Queremos que ele seja condenado a júri popular. Já se passaram 11 anos desde a morte da Rachel e o crime prescreve com 12 anos, mas mesmo assim a gente acredita que ele possa ser interrogado o mais breve possível”, esclarece ele.
A Secretaria de Segurança pública do Paraná (Sesp) pretende trazer o suspeito para reconstituir a cena do crime. A identificação de Santos foi feita por meio de análise de material genético, que cruzou informações com as forças de segurança de São Paulo e Brasília.
Sobre o caso
A menina Rachel foi encontrada morta em novembro de 2008 e seu corpo foi encontrado dentro de uma mala de viagem na Rodoviária de Curitiba. Laudos técnicos da época apontaram que a garota sofreu violência sexual e foi agredida.
Durante os 11 anos de investigação, a Polícia Civil chegou a prender suspeitos e realizar quase 100 exames de DNA para confrontar com o material genético do suspeito, mas todos tiveram resultado negativo.
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